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BANCÁRIOS | Exigir do sindicato o combate ao impeachment e os ajustes do PT

Neste último domingo, foi aprovado na Câmara o impeachment de Dilma/PT, que consolida o primeiro passo da oposição de direita em direção à acelerar e intensificar ainda mais o que o governo do PT já vem fazendo, como demissões, cortes salariais, cortes na educação e na saúde, inflação, lei antiterrorista, negociatas com os direitos dos trabalhadores, reforma da previdência. No entanto, na votação ficou claro que neste momento, a derrubada deste governo não está nas mãos dos trabalhadores, mas sim das forças mais reacionárias, arcaicas e conservadoras do país, no mais puro cinismo para defender seus interesses: do agronegócio, FIESP, bancos, entre outros.

Os trabalhadores já sentem na pele o que representam as medidas de ajuste do governo do PT. Por isso não saíram massivamente às ruas para defender esse governo. E agora com o avanço do impeachment, perceberam que seus maiores entusiastas são os representantes diretos dos interesses dos grandes empresários e dos capitalistas credores da dívida pública que querem turbinar os ataques para seguirem garantindo seus lucros bilionários. Por isso os trabalhadores também não foram às ruas junto com a FIESP e seus patos amarelos, porque sabem que o filé mignon servido lá é feito de sua própria carne.

Embora possa parecer a saída mais fácil, derrubar esse governo ajustador do PT com as mãos e as ferramentas da direita, não vai contribuir para que os trabalhadores se fortaleçam, mas vai contribuir para pavimentar os caminhos para a aceleração dos ataques e para a repressão daqueles que se levantarem pra lutar contra eles.

E pra que serve a CUT numa hora dessas?

Pra escrever em seus jornais e portais que são contra os ajustes e o impeachment? Sem organizar e mobilizar efetivamente a força dos trabalhadores que estão em suas bases e nas categorias mais estratégicas do país, o que eles escrevem nos jornais são palavras ao vento.

Na prática, isso expressa o atrelamento das direções burocráticas da CUT ao governo do PT, que impede a mobilização independente dos trabalhadores e os desarma frente ao avanço da direita e os ajustes do PT. Frente a isso, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, que representa uma categoria com um peso social e estratégico no país deveria ter, no mínimo, a responsabilidade de chamar a categoria a se posicionar politicamente frente esta crise.

Para derrotar o impeachment é fundamental que os trabalhadores lancem mão de seus próprios métodos de luta e organização, e não confiem nas saídas que banqueiros, empresários e parlamentares milionários e o próprio PT querem dar para este governo e esta crise. O primeiro passo nesse sentido deve ser a convocação de uma assembleia, onde os bancários possam não só se posicionar mas também construir ações concretas de luta, como reuniões nos locais de trabalho, paralisações, passeatas, entre outras que possam surtir efeito na realidade para o combate aos ataques da oposição de direita e do PT.




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