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SUJEIRA NA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PORTO ALEGRE | Ex-presidente da Fasc recebeu ameaças por investigar irregularidades

sexta-feira 20 de outubro de 2017 | Edição do dia

Matheus Pandolfo / Divulgação PMPA

O ex-presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) da prefeitura de Porto Alegre, Solimar Amaro, permaneceu apenas nove meses em seu cargo na gestão Marchezan. A sua demissão é por si só uma demonstração da falsidade do discurso de "gestão eficaz" do prefeito tucano.

Assim que passou a revisar os contratos e convênios da prefeitura com entidades, inclusive cortando pagamentos irregulares que eram realizados, Solimar começou a receber ameaças anônimas. Ao pedir demissão, Amaro não comentou sobre as ameaças diretamente, mas falou de forma indireta ao debater as "dificuldades" que encontrou.

Ao jornal Zero Hora ele disse: "eu te confesso que a gente teve muita dificuldade por conta de resistências internas e externas. Por exemplo: nós tínhamos empresas que tinham problemas seríssimos de prestação de contas. Eu acho isso um absurdo e nós cortamos esse formato de liberação de pagamentos se tu não tivesse a devida prestação de contas legitimada."

Uma das questões apontadas pelo próprio Amaro foi o aumento dos moradores de rua, e ele veladamente indicou que a própria prefeitura é responsável por manter essa situação: "Claro que existe falta de recursos. Mas por vezes o próprio sistema, aquela pessoa (técnicos) que deveria gerar transformação, que deveria ajudar para que essas pessoas (os auxiliados) pudessem ter uma emancipação e uma vida melhor, acaba mantendo essa pessoa nessa situação. Talvez ele ache que seja importante manter essa pessoa nessa situação." Sem dúvida, muita gente lucra com a manutenção dessa miséria e dos "convênios e parcerias" que se firmam ao redor dela.

E isso não é tudo: em audiência pública seu chefe de gabinete disse como eram impedidos de convocar os aprovados em concurso para preencher as vagas, em uma flagrante ilegalidade ordenada por Marchezan. Veja abaixo:

Evidentemente não se trata aqui de exaltar um secretário indicado por Marchezan, mas dizer que nem até mesmo quem leva a sério minimamente o discurso de "gestão eficaz" está fora, porque o estado continua sendo um balcão de negócios para os empresários aliados do prefeito. Os ataques e cortes que ele faz, a redução do quadro, a permanência da miséria e dos contratos irregulares e fraudulentos estão todas a serviço desse mesmo fim.

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