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Bolsonaro e as "rachadinhas" | Ex-funcionário relata repasse de controle de rachadinhas de Jair Bolsonaro para filhos

Segundo ex-funcionário, Jair Bolsonaro, deputado na época, não só tinha ciência dos esquemas das "rachadinhas" nos gabinetes dos filhos mais velhos como passou o comando das operações aos próprios, após separação da ex-esposa.

sexta-feira 3 de setembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução/Youtube

Em entrevista ao site ’Metrópoles’, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que foi empregado da família Bolsonaro durante 14 anos, contou, entre diversos outros crimes que a família teria cometido, que o clã político levava o esquema de rachadinhas sob ciência do próprio, atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido). Mais do que isso, após a separação de sua ex-esposa Ana Cristina Siqueira Valle, que segundo Marcelo, era quem comandava o esquema criminoso anteriormente, Bolsonaro pai passaria o controle da prática criminosa e sistemática de desvio de salários aos próprios filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro, após o ano de 2007.

Veja também: Zero Dois - Rachadinha em família: Carlos Bolsonaro tem sigilos fiscal e bancário quebrados

Antes dos filhos, ainda, o sucessor no comando do esquema das rachadinhas ainda seria o ex-policial militar, Fabrício Queiroz, assessor de gabinete de Flávio Bolsonaro, na época. Queiroz era incumbido de recolher as rachadinhas ele mesmo, tanto no gabinete de Flávio quanto no de Carlos.

O divórcio entre Bolsonaro e Ana Valle foi o estopim de algo que já trazia incômodo aos filhos mais velhos de Bolsonaro, que era o comando do esquema estar com Ana.

Marcelo, na entrevista, alegou ele próprio ter devolvido 80% de tudo o que ganhou quando trabalhou no gabinete de Flávio. Fato confirmado por edição do Diário Oficial da Alerj, Marcelo tinha um cargo de assessor nível 4, de 2003 à 2007, com um salário de 7.326. No entanto, o requisito para o emprego era justamente aceitar a participação no esquema e entregar parte do salário. O combinado, internamente, seria de ganhos de 3 mil reais por mês, com a devolução do resto (mais da metade do salário previsto), mas de acordo com o entrevistado, Ana pagava apenas 1,3 mil reais. Marcelo estipula cerca de 340 mil reais devolvidos apenas por ele, durante o período.




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