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ELEIÇÕES NO SENADO | Eunício Oliveira deve manter dinastia do PMDB no Senado

Senador citado na Lava-Jato, o empresário Eunício Oliveira, dono de um patrimônio de R$99 milhões, é o favorito para suceder a Renan Calheiros na presidência da casa. Trabalhará para aprovar a agenda de reformas do “amigo e “parceiro” Temer ainda nesse primeiro semestre.

quarta-feira 1º de fevereiro de 2017 | Edição do dia

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), deve se eleger nesta quarta-feira, dia 1º, presidente da Casa pelos próximos dois anos. Eunício vinha costurando nas últimas semanas apoio de partidos da base aliada e da oposição, com a promessa de distribuição de cargos respeitando o tamanho das bancadas.

O senador de 64 anos está em seu primeiro mandato no Senado, porém circula pelos corredores do Congresso Nacional desde 1998, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez. Empresário com a segunda maior fortuna declarada no Senado, R$ 99 milhões em 2014, o senador é defensor da agenda de reformas do presidente Michel Temer, de quem se diz "amigo" e "parceiro".

Homem de confiança de Temer, a importância de sua confirmação no cargo é garantir um nome que não só irá trabalhar para aprovação das reformas propostas pelo governo, mas que irá assegurar a aprovação no tempo previsto na agenda do governo. "Discussão rápida não quer dizer não discussão, não debate e não modificação (no texto)."

O peemedebista tem dito que, a despeito da pauta de Temer, vai defender uma agenda de desburocratização do país e que ajude a criar um ambiente propício para os negócios. Tomando os seus negócios como indicador do tipo de negócios que ele pretende acelerar, dono da Remmo Participações, conjunto de seis empresas que prestam serviços de segurança eletrônica, transporte de valores e táxi aéreo, inclusive, para órgãos públicos federais. Entre 2010 e 2014, o patrimônio declarado por Eunício quase triplicou. Em 2010, quando concorreu ao Senado, ele reportou à Justiça eleitoral ter bens de R$ 36,7 milhões, valor que saltou para os R$ 99 milhões informados quatro anos depois, época da campanha derrotada ao Governo do Ceará.

Não bastasse esses “indícios” suspeitos, o senador foi citado pelo executivo Cláudio Mello Filho como recebedor de R$ 2,1 milhões em recursos para facilitar a aprovação de uma medida provisória de interesse da empreiteira. Os dirigentes da Odebrecht chamavam o senador cearense de "índio" nas anotações de propina.

O peemedebista rechaça a acusação, "(Não tenho) nenhuma (preocupação), sei o que fiz e sei o que não fiz, tenho absoluta convicção e quem acompanha o meu trabalho sabe o que fiz nesses 20 anos."




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