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CORTES NA EDUCAÇÃO | Estudantes e trabalhadores da UERJ realizam ato contra cortes na educação

Hoje (19), o Portão 5 da UERJ amanheceu com um ato contra os ataques à educação, diante do recente anúncio de cortes que causarão o fechamento de universidades. Também ocorreram atos na UFRJ, UNIRIO e ainda hoje ocorrerá ato na UFF.

quarta-feira 19 de maio de 2021 | Edição do dia

Hoje, 19, é um dia de lutas chamado na oposição contra os cortes e ataques à educação. Num ato simbólico na UERJ, às 11h da manhã, reuniram-se entidades, movimentos sociais, organizações, professores da ASDUERJ, secundaristas junto com a AERJ e militantes de organizações de esquerda. Também ocorreram atos na UFRJ, na UNIRIO, e ocorreu ato na UFF. 

Contudo, para além de atos simbólicos, precisamos ir por muito mais e dar uma saída à altura dos ataques desferidos contra a juventude trabalhadora, rumo ao dia 29. O anúncio na semana passada, dos cortes de R$1,1 bilhão aprovados por Bolsonaro e o Congresso que causarão o fechamento de universidades federais, como a UFRJ, UFBA, Unifesp e UFG, vem junto ao aprofundamento dos ataques do regime pós golpe, carregando também a reforma administrativa, o PL 5596/20, a falta de vacina, o desemprego e todo o impacto econômico, sanitário e social, orquestrado por Bolsonaro, Mourão, Castro e todos os golpistas.

Dessa forma, o governo Bolsonaro e os golpistas deixam escancarado que querem impedir que os jovens entrem nas universidades. O projeto de futuro que reservam para a juventude, que vem amargando todas as consequências da crise sanitária, econômica e social, é seguir descarregando sobre nossas costas a precarização do ensino, as piores condições de estudo com o EAD e ERE, e os piores postos de trabalho. Querem que pedalemos 12h por dia com uma bag nas costas, lutando pela miséria do possível, precarizados, trabalhando até morrer sem direito à aposentadoria, ou mortos pelas balas da polícia, como vimos na mesma semana que foi anunciado os ataques às universidades, a maior chacina da história do Rio de Janeiro, pela polícia e pela política de Castro na favela do Jacarezinho, que assassinou brutalmente a vida de 28 pessoas.

Mas assim como a juventude esteve nas ruas contra o fechamento da UFRJ, como as mães do Jacarezinho mostraram sua força após a brutal chacina, e como hoje os trabalhadores do Metrô de São Paulo estão em greve contra o governo Dória e seus ataques, dando o exemplo de disposição para lutar não só por sua categoria, mas em defesa da vacinação para todos os terceirizados do metrô e toda a população, por um transporte público e de qualidade, mais do que nunca precisamos travar uma batalha em conjunto com a classe trabalhadora.

Em 2019, fomos mais de 1 milhão colocando nossa fúria nas ruas em todo o país contra os cortes na educação, contra o projeto bolsonarista do Future-se, que já expressava as intenções deste governo em precarizar e elitizar ainda mais a produção de conhecimento em nosso país. Por isso, assim como os colombianos, com a juventude na linha de frente dizem que, "se um povo vai às ruas em meio à pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus", precisamos voltar às ruas, batalhando pela auto-organização dos estudantes pela base, para unificar e massificar a luta rumo ao dia 29, para enfrentarmos os cortes e os ataques. 

O movimento estudantil precisa reavivar toda a sua força, todas as entidades estudantis como DCEs, Centros Acadêmicos, a UNE se coloquem como ferramenta de luta à serviço de se aliar a luta dos trabalhadores, para potencializar a batalha contra todo o regime de Bolsonaro, Mourão e os golpistas que precarizam a nossa vida de conjunto. 

RUMO AO DIA 29, UMA SÓ LUTA CONTRA OS ATAQUES E A PRECARIZAÇÃO!




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