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VITÓRIA NA FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ | Estudantes derrubam resolução contra licenciaturas

Nesta segunda-feira (15) novamente os membros do Conselho Universitário da Fundação Santo André, no ABC paulista, se reuniram para debater a crise orçamentária e as alternativas para a universidade. Frente ao movimento contrário dos estudantes e professores a resolução 003 que exigia a redução da carga horária para os cursos de licenciatura, o CONSUN decidiu pela anulação da resolução e rediscutir estas questões, mas a partir de uma nova resolução em janeiro de 2016.

quarta-feira 17 de junho de 2015 | 00:45

Com essa vitória, o movimento estudantil da Fundação Santo André que se reorganizou e se testou num primeiro conflito contra a reitoria de Amilton, que paralisou durante duas semanas e construiu atividades para dialogar com os estudantes para fortalecer a luta contra os projetos da reitoria, que contou com um racha nos colegiados principalmente de História (da onde vem o REI-tor), saiu fortalecido. Demonstrou sua força de que é possível lutar e é possível vencer.

Mesmo com o iniciar das provas, estudantes de História, Ciências Sociais, Geografia, Pedagogia e Letras seguem debatendo e refletindo temas fundamentais sobre a universidade como seu currículo, as altas mensalidades e as propostas divulgadas pelo Conselho de Faculdade da exoneração e redução de mais de 12 cargos criados pela nova reitoria, que para além de utilidade questionável, significam um alto custo para uma universidade de tamanha crise financeira e seguem dispostos a lutar para garantir a manutenção e melhoria de seus cursos e universidades.

Conceder para dialogar ou cooptar?

Para o movimento estudantil uma coisa ficou clara: a vitória da anulação da resolução contra as licenciaturas foi fruto da greve e das mobilizações de professores e estudantes, não da boa vontade ou dialogo da Reitoria.

Mas como a história nos ensina: a reitoria reflete sua correlação de força e decidiu por outra estratégia. Do enfrentamento foi para a cooptação de setores do movimento (entre professores e estudantes, principalmente que o elegeram), buscando reafirmar a política do "dialogo", mantendo a estrutura completamente antidemocrática dos Conselhos supostamente "representativos" e das decisões dos rumos na universidade concentradas nas mãos de uma minoria. Onde os estudantes não tem espaço para apresentar e tomar decisões, sendo assim a única alternativa a luta.

O movimento que ressurge e volta a se consolidar com diferentes pensamentos e estratégias, traz a pluralidade necessária para seguir o questionamento da universidade de classe até a sociedade de classe. Sabem, todavia, que venceram a batalha, mas a guerra pela disputa de projeto de universidade segue viva e inevitável.




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