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USP | Estudantes da USP farão nova paralisação dia 26 e preparam plano de lutas contra Bolsonaro

Nesta quinta-feira estudantes da USP se reúnem em assembleia para preparar plano de lutas contra Bolsonaro. Na sexta-feira, dia 26, farão paralisação na Universidade.

sexta-feira 19 de outubro de 2018 | Edição do dia

Nesta quinta-feira, 18, estudantes da Universidade de São Paulo realizaram a segunda assembleia geral contra Bolsonaro e a extrema direita. Apesar das ameaças do diretor da faculdade da POLI de não permitir a realização do evento, a assembleia se manteve e contou com a participação de estudantes de diversos institutos como FEA, ICB, IME, etc., mostrando como existe disposição de organização pra lutar contra Bolsonaro.

Entretanto, não estava presente a ampla maioria dos estudantes que participaram das assembleias dos cursos como educação e FFLCH, demonstrando a importância do DCE cumprir esse papel de unificar os estudantes de todos os institutos para massificar a mobilização, já que está muito clara a disposição de lutar contra Bolsonaro.

Na assembleia foi pautada a discussão das denúncias de caixa 2 de Bolsonaro, em que empresários financiaram fake news pra fortalecer o candidato da extrema direita que vai implementar duros ajustes nas costas da classe trabalhadora. A assembleia tirou um posicionamento em relação ao pedido de cassação de Jair Bolsonaro.

Nós da juventude Faísca, assim como estamos acompanhando as pessoas e setores que querem derrotar Bolsonaro pelo voto, - votando criticamente no Haddad, sem nenhum acordo com o projeto político do PT - também acompanhamos esse pedido de cassação. Entretanto, importante colocar que não podemos confiar e apostar nessa estratégia eleitoral e no judiciário (principalmente quando cada vez mais vemos que o judiciário vem manipulando as eleições para satisfazer os interesses dos golpistas). Os anseios da juventude que quer se organizar contra Bolsonaro não serão respondidos pela via eleitoral e confiando nesse judiciário golpista que retirou o direito da população votar em quem quisesse ao prender arbitrariamente Lula, e que agora faz vista grossa frente a denúncia de caixa 2.

Devemos sim confiar e apostar nas nossas próprias forças e métodos de organização. Por isso defendemos que o DCE da USP construa comitês de luta em todos os cursos, reunindo milhares de estudantes que querem se mobilizar. Por isso que a paralisação tirada para a próxima sexta-feira, dia 26 de outubro, pré eleições, deve ser uma demonstração unificada dessa força dos estudantes nos comitês.

Por isso também que é fundamental que a UNE construa essa paralisação e dia nacional de luta em todas as universidades, criando centenas de comitês, reunindo milhares de estudantes em todo o país. Só assim massificaremos a luta contra Bolsonaro, a extrema direita e tudo o que eles defendem!

Além disso, a assembleia dos estudantes da USP também aprovou a seguinte moção de repúdio ao resultado de quarta-feira, 17, no Tribunal de Justiça de SP, que absolveu o torturador Ustra: "Nós, estudantes da USP, repudiamos a decisão do Tribunal de Justiça de SP de ter revertido a condenação do Coronel Ustra pela tortura e morte do militante de esquerda e jornalista Luiz Eduardo Merlino durante a ditadura militar. Seguiremos organizados contra os resquícios da ditadura militar, não nos calarão!"

É absurdo que o Tribunal de Justiça reverta a condenação do torturador Ustra nesse momento, em que setores defensores da ditadura estão moralizados, representados na candidatura de Bolsonaro e ativos nas ruas. Luiz Merlino era estudante da USP no período da Ditadura militar e lutou contra tudo o que representou o regime ditatorial. Nosso combate deve ser a essa herança da ditadura que está presente nas nossas universidades, que está nos estatutos da Universidade, nos regimes de repressão que pune aqueles que lutam e se organizam dentro da USP!




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