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ESTADOS UNIDOS NA VENEZUELA | Estados Unidos reaparece na “crise Venezuelana” com tratado que permite intervenção armada

Nas últimas semanas, tem se mantido um clima de animosidade entre os governos de Colômbia e Venezuela, com seus respectivos chefes de estado, tanto de um lado como de outro, ventilando, cada um a seu modo, a possibilidade de um "conflito armado” entre os países.

sexta-feira 13 de setembro de 2019 | Edição do dia

Imagem: Caroline Brehman/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images/ Vox

Nesse contexto, os Estados Unidos, frente a manobras de militares venezuelanos na fronteira com a Colômbia, decidem reforçar seus interesses reacionários no conflito e na região e acionam tratado que pode resultar no emprego de força, numa clara elevação de tom por parte dos norte-americanos.

O governo de Duke, serviçal de Washington, e o de Maduro, que mergulhou o país e os venezuelanos numa crise comparada somente a dos períodos neoliberais, trocam farpas e ludibriam seus respectivos povos, enquanto os Estados Unidos por meio, dessa vez, de mecanismos da política internacional costura seus próprios interesses no conflito, mais uma tentativa. A anterior, foi liderada pelo governo Colombiano, em uma política intervencionista, uma tentativa fracassada de golpe mascarada de “operação humanitária”, liderada na Venezuela por Juan Guaidó. Dessa vez, o secretário americano de Estado Mike Pompeu declarou: “Recentes movimentos belicosos de mobilização na fronteira com a Colômbia por parte de militares venezuelanos, assim como a presença de grupos ilegais armados e organizações terroristas no território venezuelano, demonstram que Nicolás Maduro não é apenas uma ameaça ao povo venezuelano, suas ações também ameaçam a paz e a segurança dos vizinhos da Venezuela”.

Os Estados Unidos acionaram, na madrugada desta quinta-feira (12), o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar). Na quarta-feira (11), uma sessão do conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou os 19 países signatários do tratado para uma reunião a partir da próxima semana com o objetivo de discutir o “impacto desestabilizador” da crise na Venezuela. Durante a sessão, Estados Unidos, Brasil, Argentina, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana e a própria Venezuela, através do representante de Guaidó, votaram por ativar o órgão de consulta do Tiar no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os trabalhadores de Colômbia ou na Venezuela não devem se intimida e devem manter os laços de amizade independente das animosidades entre seus chefes de estado. No caso de um aumento da tensão, a classe de trabalhadores de ambos os países deve se mobilizar contra seus respectivas governos que querem arrastar seus povos para uma escalada fratricida, aumentando a xenofobia, completamente reacionária. No momento atual, devem rechaçar com todas as forças esse avivamento das tensões político-militares, na figura do acionamento do Tiar, que demonstra também o intervencionismo norte-americano, e exigir a mais ampla unidade dos povos de ambos os lados da fronteira.

No Brasil, devemos somar o repúdio à posição do governo Bolsonaro frente ao tratado aos inúmeros ataques que esse governo vem fazendo aos trabalhadores do país.




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