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ESTADOS UNIDOS | Estados Unidos: entram em greve mais de 20.000 trabalhadores da AT&T de 9 estados do sul

Em Alabama, Florida, Georgia, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee os trabalhadores da AT&T se declararam em greve no decorrer do fim de semana.

quarta-feira 28 de agosto de 2019 | Edição do dia

Os trabalhadores denunciam que os executivos da empresa incorreram em práticas trabalhistas injustas durante as negociações do contrato neste dia 26 de agosto de 2019. AT&T, acostumada a coibir e perseguir a atividade sindical, rejeita a acusação.

O sindicato, Communications Workers of America (CWA), que representa trabalhadores de telecomunicações, meios de imprensa e linhas aéreas, entre outros setores, apontam que AT&T não está enviando negociadores que tenham a autoridade para tomar decisões. Também acusou a AT&T de alterar um acordo que rege a forma que as duas partes se reúnem e negociam os salários e benefícios.

"Nossas conversas se estagnaram porque ficou claro que AT&T não enviou negociadores que tinham o poder de tomar decisões para que possamos avançar para um novo contrato", afirmou em uma declaração o vice-presidente do Distrito 3 do CWA, Richard Honeycutt.

Entraram em greve desde sábado, 24 de agosto, técnicos, representantes de serviço ao cliente e outros que mantem e desenvolvem a rede residencial e comercial da AT&T em todo o Sul.

De acordo com um porta-voz do sindicato, no Texas, os trabalhadores operam sob um contrato separado dos membros dos estados do sudeste do CWA e ainda não começaram as negociações sobre um novo contrato.

Se trata da segunda greve dos trabalhadores da AT&T em menos de uma semana. Em dias prévios, os trabalhadores organizados no CWA iniciaram uma greve na Florida e denunciaram a AT&T por "disciplinar ilegalmente os membros por transportar objetos de interesse sindical" e participar em atividades sindicais protegidas.

O CWA se reuniu pela última vez em 20 de agosto com representantes da AT&T. O sindicato anunciou que as propostas da empresa reduziam o tempo de licença médica remunerada, aumentavam as responsabilidades de alguns técnicos, propunham um sistema de reserva obrigatório que obrigava aos empregados a aparecer para trabalhar em qualquer momento e outras regras trabalhistas.

A classe trabalhadora estadunidense do setor de telecomunicações vem mostrando sua musculatura. Em 2017, em torno de 17 mil trabalhadores de AT&T realizaram uma greve de um dia na California e em Nevada e no ano anterior, 40 mil trabalhadores da Verizon se declararam em greve durante seis semanas.




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