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CRISE | Estado do Rio de Janeiro vai dar calote nos salários dos servidores

terça-feira 1º de dezembro de 2015 | 00:00

Foto: Fila para solicitar o seguro-desemprego no Rio

O Estado do Rio de Janeiro está sofrendo um grande impacto da crise econômica. Além de sofrer demissões na indústria e comércio a crise da Petrobras tem significado um salto nas demissões em todo o Estado. A isto agora se soma a absurda situação de não recebimento de salários dos funcionários públicos e aposentados. Para ter direito aos vencimentos integrais os trabalhadores terão que fazer um empréstimo consignado.

Após agressivos cortes nos gastos com serviços terceirizados, cortes na educação e na saúde que estão levando hospitais e UPAs ao fechamento ou funcionamento parcial. Universidades como a UERJ a decretarem fechamento por uma semana, para se adequar aos planos do governo que incluem um corte de quase 40% dos gastos na universidade, agora foi anunciado que os salários dos funcionários da ativa serão parcelados.

Alguns dias atrás após manifestação de terceirizados e estudantes residentes na frente do palácio de governo, representantes do governador haviam argumentado que os trabalhadores e estudantes da UERJ deveriam ser pacientes e que estavam tomando medidas para que o Rio "não virasse a Grécia", pois tinham que escolher entre salários de terceirizados, dos aposentados ou da ativa. Na dúvida, Pezão está atacando em todos fronts, o da ativa, dos terceirizados e dos aposentados. Tudo isto para garantir gastos bilionários com as Olimpíadas, super-salários e benefícios aos deputados, políticos e judiciário. A conta desta crise pagam os trabalhadores e a população que depende destes hospitais e universidades.

O ataque concreto anunciado hoje inclui decretar que todos salários e aposentadorias só serão pagos integralmente até o valor de R$ 2 mil. Todo o valor acima deste valor poderá ser recebido como crédito, ou seja para receber integralmente seus vencimentos os trabalhadores e aposentados terão que tomar um empréstimo!

Este ataque aos direitos do funcionalismo, dos aposentados, dos terceirizados e toda população que depende do serviços públicos contrasta com os auxílios-gravata, moradia, educação de toda uma casta política que garante seus privilégios e exige sacrifícios dos trabalhadores e da população. Há soluções para a crise do estado que não passam pelos trabalhadores pagarem pela conta desta crise.

Nem um corte em salários e direitos é aceitável, pelo não pagamento das dívidas com o governo central, Banco Mundial, FMI, pela suspensão dos benefícios aos políticos e incentivos fiscais a empresas. Confisco dos bens de todos corruptos. Fim das isenções fiscais à CBF, COL, Fifa, etc, impostos agressivos sobre as grandes fortunas para garantir a continuidade da educação, saúde e direitos de toda a população.




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