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Esquerda Diário bate recorde de acessos: ajude a fortalecer uma voz anticapitalista

André Barbieri São Paulo | @AcierAndy

sábado 10 de setembro de 2016 | Edição do dia

O Esquerda Diário, parte da Rede Internacional de diários digitais da esquerda, La Izquierda Diario, presente em 11 países e 5 idiomas (espanhol, alemão, francês, português e inglês) vem emergindo em seu combate contra a direita, os empresários, e todas opressões, como o principal website da esquerda independente e crítica ao PT. Impulsionado pelo Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), foi um símbolo de uma “terceira política” no país durante o processo de impeachment, lutando firmemente contra o golpe institucional da direita reacionária, desde uma posição independente do PT, que com seus ataques aos trabalhadores e a corrupção própria dos partidos capitalistas, abriu o caminho à direita.

Este combate independente, e nossa voz “online” é chave para mais e mais trabalhadores e jovens se organizarem em seus locais de trabalho e estudo para erguer uma nova tradição da esquerda no país, superando a estratégia de conciliação com os empresários e com a direita.

Neste mês de agosto, o Esquerda Diário quebrou o recorde de acessos do mês anterior, atingindo 323 mil visitas, pelo contador Google Analytics (ver gráfico abaixo), duplicando o número de acessos do mês de junho. Quase 100 mil leitores são visitantes reincidentes no site, mostrando que a página do Esquerda Diário se tornou um importante veículo diário de informação e debate político.

Mas o destacável é que esta tendência de crescimento, longe de permanecer estável, vem se acelerando, neste início de setembro, porque mais e mais trabalhadores e jovens tomam o diário não só para se informar mas também para se expressar, para trazer suas denúncias e opiniões. Em apenas 9 dias, o Esquerda Diário já alcançou 190 mil acessos, vislumbrando um novo recorde ao final de setembro.

Isso é fruto da ampliação da cobertura e variedade de temas presentes no Esquerda Diário, não apenas de política nacional e internacional, mas também de gênero, cultura, esporte, ciência, e com a cobertura mais completa sobre o processo que culminou no golpe institucional da direita no Congresso e as manifestações pelo Fora Temer em distintos lugares do país, que em três dias (dos dias 29 a 31 de agosto) publicou mais de 100 artigos sobre cada detalhe do processo que tornou o golpista Michel Temer o novo presidente do país.

Uma destas notas, “Perfis e crimes dos 61 senadores que votaram o golpe institucional no Senado”, alcançou 11 mil compartilhamentos e 47 mil curtidas no Facebook, dando contra de expressar em uma escala substancial a raiva da população contra os criminosos políticos no Senado que votaram o golpe em nome da “moral e da justiça”, como Ronaldo Caiado (DEM-GO) que possui fazendas na família com trabalhadores carvoeiros em situação de escravidão, ou o tucano Cássio Cunha Lima, da Paraíba, que teve o mandado cassado em 2008 por desvio de verbas.

Com conteúdos atrativos e os formatos mais variados, nosso diário digital também se impôs nas redes sociais como a voz e fonte de informação e denúncias da esquerda.

No Facebook, o perfil do Esquerda Diário já atingiu 113 mil curtidas, alcançando mais de 1,5 milhão de timelines do facebook em agosto, com 800 mil envolvimentos na página (um algoritmo que calcula os comentários, curtidas e compartilhamentos). Sites como o Viomundo, que segundo o contador SimilarWeb teve 819 mil acessos em agosto, teve um número de publicações e de envolvimento no Facebook inferior ao Esquerda Diário, que segundo o gráfico disponibilizado pela rede social, cresce vertiginosamente, mesmo se comparado com o site da Carta Capital, com 1,8 milhão de curtidas.

Desde o Facebook e o Twitter, o Esquerda Diário vem fazendo transmissões ao vivo dos atos pelo Fora Temer em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, com opiniões e entrevistas in locu.

Como uma imprensa militante a serviço de construir uma alternativa política dos trabalhadores à esquerda do PT, o Esquerda Diário não é apenas um “agitador e propagandista coletivo”, mas nos dizeres de Lênin, um organizador coletivo. Lançamos o chamado a uma extensa rede de correspondentes em todo o país para que o ED possa ser a voz daqueles que querem combater o avanço da direita golpista com uma estratégia independente do PT. Não apenas na região sul-sudeste do Brasil, mas também com um chamado específico ao nordeste – que conta com uma página própria do ED – que foi capaz de organizar as vozes de dezenas de trabalhadores do setor do telemarketing, oriundos do nordeste e de outros estados, denunciando a precarização das condições de trabalho.

Nos últimos meses a presença do Esquerda Diário Nordeste aumentou significativamente. Nossa denúncia do descaso com os professores do RN teve grande repercussão, assim como as matérias vinculadas à crise hídrica na Paraíba. Contribuímos com matérias sobre problemas locais, estaduais e nacionais, sindicais e políticos (como a militarização do RN por Temer), artigos teóricos, de cultura, de sociedade e até de esportes, ampliamos de fato a quantidade e a qualidade de nossa produção. Em uma região negligenciada pela mídia oficial, cobrimos o que ninguém disse, como a brutal repressão em Campina Grande durante ato pelo Fora Temer, oitava matéria mais lida no ED.

O Esquerda Diário também aproveitou seu reconhecimento na intelectualidade para inovar com um ciclo de entrevistas sobre os grandes temas da política nacional, como o golpe institucional, a crise do PT e os caminhos da esquerda. Entrevistamos o sociólogo do trabalho e professor doutor da Unicamp, Ricardo Antunes, que concedeu declaração exclusiva ao Esquerda Diário sobre a consumação do golpe no Senado e o que ele caracteriza como “o momento mais difícil da história política brasileira desde o fim da luta contra a ditadura militar”. Também entrevistamos o cientista político Rudá Ricci e o juiz do trabalho e professor da USP, Jorge Luiz Souto Maior e Guilherme Boulos do MTST, como forma de expandir a reflexão sobre a atual conjuntura nacional e tornar o ED num ponto de convergência destas reflexões para a ação.

São grandes avanços no Esquerda Diário, que já superou amplamente os acessos dos sites da esquerda como o PSOL (87 mil) e o PSTU (56 mil), segundo o SimilarWeb, assim como PCB e PCO.

O grande desafio do ED é alcançar os portais ligados ao petismo (já batemos o número de visitações no site do PT), batalhando por alçar-se como um organizador das vozes dos trabalhadores, das mulheres e da juventude que querem lutar contra a direita sem assumir qualquer responsabilidade pela política traidora do petismo.

Rede internacional

Quando em 1921 o marxista italiano Antonio Gramsci transformou em diário o L’Ordine Nuovo chegou a falar de um “jornalismo integral”, ou seja, um “jornalismo que não queira apenas satisfazer todas as necessidades de seu público, mas que pretende criar e desenvolver estas necessidades e, em certo sentido, gerar seu público e aumentar progressivamente sua área de influência”. Um jornal que, permanecendo fiel ao programa da esquerda operária,

assegure ao partido uma tribuna legal que lhe permita chegar, de modo contínuo e sistemático, a amplas massas.

Buscamos utilizar o Esquerda Diário como poderoso instrumento que seja parte da tarefa de fundir a esquerda revolucionária e o movimento operário, para fortalecer a organização e a luta dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos, com o objetivo de construir um grande partido independente dos trabalhadores.

Na Argentina, o La Izquierda Diario vem se transformando um dos principais portais digitais de todo o país, com mais de 2 milhões de visitas mensais, buscando competir com os grandes meios da imprensa oficial. Um papel destacado vem cumprindo o Revolution Permanente na França, que foi um dos portavozes centrais da luta contra a reforma trabalhista de Hollande e elogiado por reconhecidos intelectuais a nível internacional.

Também o La Izquierda Diario México esteve na primeira fileira na luta dos professores mexicanos contra a reforma educativa e a brutal repressão de Peña Nieto. Por sua vez, o Left Voice nem bem foi lançado e começa a estender-se pelos Estados Unidos, abrindo pontes no Reino Unido e na Austrália, além de todo o público de fala inglesa no mundo.

A isto chamamos “leninismo no século XXI”: essa luta apaixonada por colocar diariamente as idéias do marxismo revolucionário em ação, “gerar um público e ampliar a área de influência” usando o mais avançado da técnica informática e digital para construir correntes revolucionárias no movimento operário, no movimento de mulheres, na juventude e na intelectualidade, como parte de construir partidos revolucionários a nível nacional e internacional.

Em meio à polarização social e as novas formas de “pensar e sentir” da crise orgânica que afeta todos os partidos tradicionais, tratamos de erguer uma voz de independência de classe, lutando para que ela organiza milhares em seus locais de trabalho e estudo, como fazem nossos colunistas, que não apenas “relatam jornalisticamente” os acontecimentos mas são atores políticos deles. Um grande exemplo disso é a colunista Diana Assunção, que ao mesmo tempo é candidata anticapitalista para vereadora em SP, levando esta batalha pelas idéias marxistas ao terreno eleitoral e usá-las para organizar milhares ao redor do objetivo de construir uma força política anticapitalista e revolucionária dos trabalhadores.




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