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Privilégios | Enquanto população amarga a crise, Lula aumenta salário dos ministros do STF em R$46,6 mil

Presidente Lula sancionou aumento de salário dos ministros do STF, do Procurador-Geral da República e do Defensor Geral da União. Resolução foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União desta quarta-feira, 11.

quarta-feira 11 de janeiro de 2023 | Edição do dia

A alta cúpula do judiciário brasileiro que recebia 39,3 mil reais, enquanto a extrema pobreza bate recordes no país, agora receberá salário de 46,6 mil até 2025. Esse será o teto constitucional, e que será disposto progressivamente em quatro parcelas até 2025.

O Procurador Geral da União, Augusto Aras, terá o mesmo salário que os ministros do STF, e o defensor-geral da União, Daniel Macedo, passará a ter um salário de 37,6 mil. Esse aumento estratosférico, em um momento em que parcela cada vez maior da população passa fome, tem impactos ainda maiores, já que outros tribunais e instâncias inferiores do judiciário também terão reajustes.

O impacto no orçamento público é estimado em R$910,3 mil só em relação aos ministros do STF, e pode chegar a R$255 milhões contando com todos os membros do judiciário da União

Esse aumento foi necessário para dar aval ao aumento nos salários dos parlamentares, já que o salário dos ministros do STF ditam o teto de gastos do funcionalismo público. O reajuste salarial desse setor do regime político, que não foi eleito por ninguém, foi aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado, junto com o aumento salarial do presidente Lula, seu vice e dos parlamentares.

Leia também: STF proíbe protestos: contra todo autoritarismo, só os trabalhadores podem enfrentar o bolsonarismo

Em um momento onde a maioria da população amarga a fome e miséria, após 4 anos de governo Bolsonaro, que atuou junto com o Congresso reacionário e o próprio STF contra a classe trabalhadora com ataques e privatizações, que o governo Lula-Alckmin não pretende reverter, mas sim conceder privilégios a essa casta e seguir com uma política de conciliação de classe. Com os últimos ataques golpistas da extrema-direita no domingo, 8, vemos que só a classe trabalhadora, com os seus métodos e sem nenhuma confiança nas forças e nas instituições do Estado burguês, pode dar uma saída decidida, sem anistia a Bolsonaro e que coloque todos os ataques e as reformas abaixo.

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