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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR | Enquanto a Base Nacional Comum Curricular avança, a direção da Apeoesp só pensa em eleição

Um dos maiores ataques a educação de conjunto vem sendo orquestrado com grande hierarquia pelo governo golpista. A Base Nacional Comum Curricular, que vem para coroar a Reforma do Ensino Médio, segue avançando com seu objetivo de controlar ainda mais e esvaziar as escolas, tanto de conteúdo quanto de frequentadores, e privatizar o que sobrar.

terça-feira 5 de junho de 2018 | Edição do dia

Com o estreitamento curricular que a Base propõem, dando ênfase apenas para as disciplinas de Português e Matemática, coloca em risco o emprego de centenas de milhares de professores, além de precarizar ainda mais o ensino das crianças e jovens.

Tratamos do assunto em diversos artigos aqui no Esquerda Diário:

  •  Competências socioemocionais e a ideologia burguesa na escola;
  •  O que aponta a nova Base Curricular do MEC?
  •  Para onde aponta a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio?.

    Ainda assim, os sindicatos dos professores pelo país, que deveriam ser os primeiros a se levantarem para organizar e colocar de pé uma verdadeira resistência dos professores e comunidade escolar contra esse ataque, preferem seguir com a rotina normalmente, priorizando como sempre seus interesses econômicos, políticos e partidários, pelos quais aparelham os sindicatos em geral.

    Um exemplo máximo disso é a Apeoesp, sindicato dos professores de SP, o maior sindicato de professores do país, que é dirigido pelo PT e PCdoB, com Bebel Noronha a frente. Apesar das firulas e bravatas contra a BNCC, o sindicato nada fez para mobilizar a categoria para que comparecesse em peso na fase de audiências públicas regionais que o Conselho Nacional de Educação começou a realizar para debater a BNCC com a população. No próximo dia 8 de junho será a audiência em São Paulo e muitos professores sequer sabem se a categoria votou paralisação ou não para que possam ir. Bebel Noronha e Chapa 1 mudam de informação conforme seus interesses no momento.

    Além disso Bebel desmarcou, passando por cima da assembleia da categoria, as reuniões de conselho e diretoria aprovadas para o próximo dia 6, sem ao menos dar uma alternativa de luta para os professores como organizar ônibus saindo de vários lugares do estado para lotar a audiência pública sobre a BNCC e mandar um recado claro ao governo golpista de que os professores não aceitarão essa base nacional, que quer enterrar a docência. Não confiamos que o Conselho Nacional de Educação vá escutar os professores e alunos, mas com a categoria comparecendo a audiência poderíamos dar um pontapé inicial de uma grande luta nacional para enterrar a BNCC e a Reforma do Ensino Médio.

    Temos que exigir que todos os sindicatos da educação, assim com as entidades estudantis, de fato organizem a luta nas suas categorias.

    Precisamos tomar as rédeas da luta pela educação, exigindo que todos os sindicatos da educação, tanto das redes públicas quanto as privadas, que inclusive estão em luta contra a reforma trabalhista, assim com as entidades estudantis, de fato organizem a luta nas suas categorias.

    O movimento Nossa Classe Educação chamam a todos professores, alunos da educação básica, estudantes das disciplinas atacadas pela BNCC a travarem essa luta contra a BNCC, começando por lotar a audiência pública na sexta-feira dia 8 para ganhar força e impulsionar um forte movimento que possa se expandir para todo país.




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