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ABC | “Empresários de ônibus são os maiores sonegadores”, acusa Prefeito de Santo André

O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), durante entrevista coletiva de transição que contou com a presença do prefeito eleito Paulo Serra (PSDB), afirmou que os empresários de ônibus da cidade são sonegadores.

quarta-feira 21 de dezembro de 2016 | Edição do dia

“‘’A maioria dos empresários de ônibus não paga imposto em Santo André, todos …. Se não for todos, é 99% …. não pagam, são sonegadores’’”

A declaração veio em resposta ao ser questionado pelos repórteres a respeito dos serviços de ônibus da Vila Luzita, um dos que reúne maior demanda da região e que desde outubro do ano é operado emergencialmente pela empresa Suzantur, que detém todas as operações na vizinha Mauá.
Grana disse que as empresas da região não participaram da contratação emergencial porque estão em débito com o município. O prefeito afirmou que os empresários da cidade devem somente de ISS (Imposto Sobre Serviço) mais de R$ 12 milhões.

“Sei que Diário do Grande ABC [de Ronan Maria Pinto] não vai falar isso … Tirando a Guarará, que pediu falência, [as empresas de ônibus] estão devendo R$ 12 milhões de ISS. É uma dívida principalmente do Ronan Maria Pinto, é o que mais deve”

Na declaração Grana citou nominalmente o empresário Ronan Maria Pinto, dono da viação Guaianazes que detém 33,33% da frota da cidade. Segundo ele o empresário, que é também dono do jornal Diário do Grande ABC, “é o que mais deve”, e os políticos só se calam a respeito do assunto por temerem sofrer retaliação e perseguição a partir do jornal que ele é dono.

Ronan, além de tudo, já foi preso pela Lava Jato. As investigações queriam comprovar que a compra do jornal pelo empresário foi feita após extorsão de dinheiro da cúpula nacional do PT para não envolver nomes como do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ex-ministros Gilberto Carvalho, José Dirceu e José Genoíno, no assassinato do prefeito Celso Daniel.

Em sua campanha a vereadora de Santo André, a Professora Maíra Machado já denunciava as condições precárias do transporte público na cidade, com linhas escassas e superlotadas que contrastavam com o altíssimo preço da passagem, constantemente reajustada para satisfazer a sede de lucros dos empresários do setor. Por isso, que para enfrentar essas verdadeiras máfias que dominam os transportes é que defendemos sua estatização sob controle dos usuários e dos trabalhadores.




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