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TERCEIRIZAÇÃO/EXPLORAÇÃO | A empresa resolveu alterar o contrato após ganhar licitação para atender a rede municipal que terceiriza as merendeiras das escolas. A empresa PRM, de São Paulo, está substituindo o vale alimentação por viandas. A mudança no tipo de alimentação causou indignação nas merendeiras.

A empresa resolveu alterar o contrato após ganhar licitação para atender a rede municipal que terceiriza as merendeiras das escolas. A empresa PRM, de São Paulo, está substituindo o vale alimentação por viandas. A mudança no tipo de alimentação causou indignação nas merendeiras.

segunda-feira 9 de julho de 2018 | Edição do dia

imagem: Jornal Pioneiro

A empresa PRM - Serviços e Mão de Obra Especializada Eireli, está desrespeitando a vida e o bom senso, oferecendo condições e salários indignos a seus funcionários (que é uma categoria formada, majoritariamente por mulheres) em Caxias do Sul. A empresa resolveu alterar o contrato após ganhar licitação para atender a rede municipal que terceiriza as merendeiras das escolas. A empresa PRM, de São Paulo, está substituindo o vale alimentação por viandas. A mudança no tipo de alimentação causou indignação nas merendeiras. Considerando que o salário não é o bastante e não dá conta de suprir todas suas necessidades básicas e de direito que são asseguradas por lei elas contavam com o vale alimentação para alimentar as famílias.

Em uma mobilização que ocorreu no dia 02 de julho em frente a SMED (Secretaria Municipal da Educação), o sindicato (SINDLIMP) e a prefeitura demonstraram sua passividade à situação. Reuniram-se a portas fechadas com a empresa, e permitiram o acompanhamento de apenas 5 das quase 50 merendeiras que estavam no ato. Na reunião o sindicato fechou um acordo que não deu nenhuma solução efetiva e pior, sem que a categoria pudesse avaliar e decidir em uma assembleia.

Graças à resistência das trabalhadoras terceirizadas, as viandas ainda não estão sendo distribuídas e elas estão recebendo o benefício de forma parcelada. Mas, sob a incerteza se vão conseguir alimentar os próprios filhos, como declararam algumas das merendeiras. Algumas delas chegam a trabalhar mais de 8h diárias recebendo apenas cerca de mil reais ao mês. Pelo fato de serem contratadas por uma empresa terceirizada de outro estado, a prefeitura se isenta da responsabilidade e o sindicato se alinha com os interesses dos patrões.

A terceirização serve unicamente aos lucros dos capitalistas que se beneficiam da reforma trabalhista para arrancar direitos básicos da vida e precarizar as condições de trabalho. A situação das merendeiras resulta da opressão, que combinada com a exploração, é um negócio extremamente lucrativo para os patrões.

Enquanto essas mulheres enfrentam a dupla e até a tripla jornada de trabalho, também sofrem na pele as injustiças que a terceirização causa. Muitas dependem do salário e dos benefícios para criar sozinhas os filhos e não enxergam uma saída, seja uma atitude por parte do estado, que é omisso, e nem pelo sindicato que não as representa. Que o sindicato e o estado existem para apoiar e garantir direitos nós já sabemos, mas resta saber, os direitos de quem?




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