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LUCRO NAS ELEIÇÕES | Empresa privada abocanha R$ 241 milhões com 54 mil urnas que não serão usadas este ano

De um gasto total de R$ 311,3 milhões com urnas em 2020 e 2021, a Positivo Tecnologia não entregará 54 mil urnas a tempo, que só serão utilizadas em 2022.

domingo 15 de novembro de 2020 | Edição do dia

Até com as eleições os capitalistas lucram milhões. O Estado brasileiro, para realizar as eleições, firma parcerias com empresas privadas de tecnologia, que lucram milhões fornecendo urnas para a realização dos pleitos. Entre 1998 e 2010, a empresa estadunidense Diebold realizada o fornecimento. Em contrato fechado em 2009, vendeu 250 mil urnas sem prazo determinado para entrega, no valor de R$ 680 a unidade. O negócio rendeu 170 milhões de dólares à empresa na época, engordando seu faturamento anual de 2,9 bilhões de dólares.

Neste ano, o Congresso aprovou um gasto de R$ 1,28 bilhão com as eleições, sendo R$ 311,3 milhões destes destinados em 2021 para a compra de novas urnas. Contudo, uma licitação no valor de R$ 799,9 milhões para comprar 180 mil novas urnas foi feito, com a empresa Positivo Teconologia como vencedora. Deste valor, R$ 241 milhões irão custear 54 mil urnas que sequer serão programadas a tempo para o uso nas eleições, ficando guardadas até 2022, correndo risco de se tornarem obsoletas.

Vemos como os capitalistas não perdem uma oportunidade de fazer negócios, lucrando milhões inclusive com a realização das eleições, e que o Estado está sempre pronto a dar uma ajudinha para aumentar seus ganhos.




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