Foi assinado ontem um acordo de leniência entre o Ministério Público e o grupo CCR, uma das maiores empresas de infra-estrutura da América Latina, ao qual é concedida a administração de várias estradas brasileiras. A empresa revelou ter dado R$ 30 milhões em caixa dois para campanhas de pelo menos 15 políticos paulistas entre 2009 e 2013.
sexta-feira 30 de novembro de 2018 | Edição do dia
O acordo foi motivado pela delação premiada de Adir Assad, empresário investigado pela Operação Lava Jato. O acordo diz respeito apenas a caixa dois, mas as investigações podem revelar outros crimes. A CCR, por ser uma concessionária pública, é proibida de financiar campanhas eleitorais. A empresa pagará uma multa de R$ 81,5 milhões.
O pagamento de caixa dois era feito através de contratos de marketing fraudulentos. O esquema beneficiou políticos do PSDB, PTB, PT, MDB e outros. Os nomes dos envolvidos são sigilosos, mas distintos veículos de imprensa têm destacado Geraldo Alckmin e José Serra do PSDB e Gilberto Kassab do PSD, atual ministro da ciência e tecnologia.
O G1 apurou os nomes de Aloizio Mercadante, Luiz Marinho, Emídio de Souza e Antonio Mentor (PT), e e Edson Aparecido, do PSDB, ex-secretário da Casa Civil do governo Alckmin e atual secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo na gestão Bruno Covas, além de Marta Suplicy, então no PT. Outra fonte citou deputado Campos Machado (PTB).
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