sexta-feira 12 de julho de 2019 | Edição do dia
Foto: Luan Borges /Ag. A TARDE
Com a Reforma da Previdência já aprovada em primeiro turno e a Câmara de Deputados votando propostas de alteração na reforma que mantém de conjunto um ataque histórico ao direito de se aposentar, a passividade das Centrais Sindicais continua com força. Já foram 4 dias desse show de ataques do legislativo e as Centrais Sindicais não esboçam resistência.
No dia 10, manifestações esparsas convocadas pelas Centrais Sindicais em alguns locais do país deram o tom da "resistência". Não se organizou assembleias nos locais de trabalho para preparar o combate dos trabalhadores contra este ataque, o que na prática garante que tudo fique funcionando normalmente enquanto os deputados atacam com esta reforma. Já a "estratégia de resistência" adotada durante a votação da reforma foi a de pressão aos deputados nos aeroportos - estes que receberam milhões em emendas parlamentares e que nunca tiveram nenhuma preocupação com os direitos do povo trabalhador.
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Centrais Sindicais como a CUT - ligada ao PT - e a CTB - ligada ao PCdoB - apostaram na estratégia da obstrução, que perdeu faz 3 dias já. Enquanto que Centrais Sindicais como a Força Sindical e a UGT, estas são ligadas a partidos que diretamente votaram à favor da Reforma da Previdência - como é o caso do Solidariedade, de Paulinho da Força, que votou todo à favor.
Basicamente, são dezenas de milhões de trabalhadores que contribuem para os seus diferentes sindicatos como forma de organização política - e estes sindicatos deveriam estar lutando pelos direitos dos trabalhadores mas não o fazem, especialmente quando é um ataque histórico como este que está ocorrendo e já entra em seu quarto dia.
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Como a Medida Provisória de Bolsonaro que proibia o desconto em folha do imposto sindical não está mais valendo, muitos começam à especular nas redes se por acaso, essa passividade da CUT e da CTB e das outras Centrais Sindicais (Força Sindical, UGT, etc) não fazem parte de um acordo com Rodrigo Maia para que não se pautasse a MP de Bolsonaro e os sindicatos pudessem voltar a cobrar o imposto sindical direto em folha. Se isso for verdade, não seria à toa que Bolsonaro teria chamado Rodrigo Maia de "general da reforma".