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AUMENTO DOS PREÇOS | Em meio ao aumento do preço dos alimentos, conta de luz ficará mais cara

No meio do alto nível de desemprego, com o preço dos alimentos alcançando patamares astronômicos, a Aneel decide que as contas de luz ficarão ainda mais caras a partir de Junho

sábado 29 de maio de 2021 | Edição do dia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (28) que, durante o mês de junho, vai vigorar no país o patamar 2 da bandeira tarifária, o mais caro do sistema.

Isso significa que será cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos.

É a primeira vez neste ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível 2. Durante o mês de maio, vigorou a bandeira vermelha 1, que aplica cobrança adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos.

Reservatórios baixos

Essa medida é reflexo do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país. De acordo com o governo, o último período de chuvas intensas nas duas regiões, de novembro de 2020 a abril de 2021, foi o mais seco em 91 anos.

Agora, esta carência de chuvas é produto de diversos fatores, dentre eles o próprio desmatamento irracional da Amazônia levado adiante pelo governo Bolsonaro: com as queimadas na região Norte, a Massa Equatorial Continental, advinda da evapotranspiração das árvores da Floresta Amazônica, é enfraquecida, não conseguindo irrigar os rios das regiões Centro-Oeste e Sudeste do país.

Quando o nível dos reservatórios está baixo, o governo aciona mais usinas termelétricas, que geram energia a partir da queima de combustíveis, como carvão e diesel.

Ao acionar mais termelétricas, o governo reduz a geração hidrelétrica e poupa água dos reservatórios. Entretanto, a energia produzida pelas térmicas é mais poluente e cara, o que se reflete em aumento nas contas de luz.

Portanto, a relação desarmônica que o capitalismo de conjunto possui com a natureza, expressa no Brasil muito fortemente pelo governo Bolsonaro, mas também pelo regime político como um todo, gera essa instabilidade climática que acaba recaindo no bolso e na vida dos trabalhadores. A classe trabalhadora, por sua vez, enfrenta uma situação de crise econômica e social, a qual também foi gerada pela burguesia, cada vez mais difícil, com o desemprego alcançando patamares astronômicos, o preço dos alimentos crescendo dia a dia e, agora, sofrendo com o aumento do preço das contas de energia.




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