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CRISE POLÍTICA | Em atos "pacíficos" de Temer não faltaram discurso de ódio à esquerda e às mulheres

Em nota, o Palácio do Planalto exaltou as manifestações ocorridas neste domingo (04) em diversas cidade do Brasil chamando-as de pacificas. Enquanto governo e mídia falavam em “vandalismo, destruição e violência” nos atos de terça (29), é parte das tentativas de criminalizar a juventude e principalmente a luta contra as reformas, enquanto elogiam os atos da direita que não só apoiam os ajustes como incitam o ódio.

segunda-feira 5 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Em nota, o Palácio do Planalto exaltou as manifestações ocorridas neste domingo em diversas cidade do Brasil. Não poupando elogios, disse que as manifestações da direita mostraram “força e vitalidade” de maneira “pacífica e ordeira” e que são “exemplares pelo seu carácter pacífico.

Em contraposição a isto, Michel Temer, por meio do porta-voz, repudiou as manifestações ocorridas na última terça-feira (29) em frente ao Congresso Nacional, que foi alvo de uma dura repressão policial. O “vandalismo, destruição e violência” apresentada no ato são as principais razões nas quais apoia o repúdio. Além disso, no discurso também mencionou que os três poderes devem estar “sempre atentos” às demandas populares. Questão é que o que o governo entende por "populares", é na realidade empresários, banqueiros ou eles mesmos, enquanto reprimem as manifestações em defesa da educação e saúde, realizadas pelos jovens.

Os protestos de rua tem sido uma das formas mais populares de manifestação política de grandes contingentes da população desde de junho de 2013, onde se expressou uma enorme insatisfação popular e abriu uma etapa de crise política que até hoje se encontra presente no país. Assim como os movimentos populares vieram aprendendo desde período, a mídia, governantes e elite do país vieram ganhando experiência em sua busca pela manutenção da ordem pública e criminalização dos atos de esquerda. Um método bastante empregado pela mídia hegemônica é a divisão entre vândalos e pacíficos, um argumento que mascara a real intenção de apoio ou depreciação a determinado tipo de manifestação, colocando no centro da manifestação episódios que se deram durante o ato e em segundo plano o conteúdo político da manifestação, influindo a opinião pública em favor de determinado movimento sem se colocar abertamente a favor de uma pauta.

Assim como ocorrido com as manifestações deste domingo (04), o governo de Michel Temer, tendo como braço direito a mídia, utilizam de maneira corrente o discurso de vandalismo. Associam às manifestações desfavoráveis aos diversos cortes de direitos aplicados por seu governo, buscando legitimar as fortes repressões policiais sofridas pelos manifestantes, enquanto pinta como “exemplar” atos políticos da direita que abraçam policiais e não encontram nenhum empecilho para sua realização.

Os atos chamados pelo movimento Vem Pra Rua, se dizem contra a corrupção e Renan Calheiros (PMDB), integrante do mesmo partido do atual presidente golpista, se colocavam a favor da Lava-Jato e em prol do fortalecimento do judiciário que também buscam aplicar os ajustes e descarregar nas costas dos trabalhadores os prejuízos da crise. Nada de pacifico existia no ato, pelo contrario, lá se expressou as ideologias mais reacionária, pregando o ódio aos comunistas, as mulheres e seus direitos como o aborto.

A direita busca de todas as formas maquiar suas intenções para que os ataques ganhem adesão popular e possam ser aplicados de maneira menos tumultuada.




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