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Fome ao povo e fuzil para quem pode | Em aceno à sua base armamentista, Bolsonaro debocha da fome no país

Em declaração sobre assuntos diversos para apoiadores de sua base, Bolsonaro comentou novamente sobre seu intento de liberação de compra de fuzis por civis, fazendo piada com brasileiros que não possuem nem mesmo condições de comprar comida, muito menos armamento.

sexta-feira 1º de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (sem partido), mais uma vez deu uma clara demonstração de que seu governo representa a morte dos pobres e dos trabalhadores em prol das demandas das classes mais abastadas do país e de sua base armamentista. Durante entrevista com apoiadores de sua base, falou desde Michelle Bolsonaro até educação e combustíveis. Em meio a entrevista, uma apoiadora falou sobre uma disputa de terras indígenas e elogiou o, criminoso, projeto do Marco Temporal. Sua resposta a colocação sobre os indígenas foi rapidamente linkar a questão armamentícia, alimentando os crimes e atentados contra os povos originários, que sofrem cada vez mais com a violência brutal dos latifundiários, principalmente após seu mandato. Bolsonaro simplesmente respondeu falando sobre o armamento do estado de Santa Catarina em tom elogioso e disparando falácias como “quanto mais armas, menos violência”.

Logo em seguida, emendou o assunto da liberação de compra de fuzis para civis citando, em tom de deboche que a esquerda costuma falar “menos armas e mais feijão”, e solta todo o seu deboche sobre a fome no país: “Quando alguém invadir tua casa, dá tiro de feijão…”

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Atualmente, no país, a estatística devastadora da fome registra 41% das pessoas, isto é, cerca de 85 milhões de pessoas em situação de fome ou insegurança alimentar. No momento em que, simplesmente, quase metade do país não consegue comprar nem mesmo alimento, frente a alta de diversos serviços básicos e a alta absurda da inflação, Bolsonaro demonstra sem pudor seu desdém pela vida do povo, desde que garantindo armamentos para aqueles poucos que podem comprar. Seu discurso completamente descolado da realidade de “quem quer compra, quem não quer deixa em paz” não consegue, minimamente, acobertar que a questão absolutamente não se trata disso, pois sabe que quem passa fome não tem condições de comprar armas. Mais do que saber, se fia na garantia disso, como um meio de garantir apenas mais poder de repressão e violência às altas classes do país, tendo em vista que, algumas das armas mais baratas que já podem ser adquiridas (revólveres), não custam menos de 3 mil reais. Muito além disso, os fuzis que Bolsonaro quer liberar, custam, em média, acima dos 10 mil reais.




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