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Em ação antisindical, Metrô-SP proíbe diretores sindicais de acessar áreas de trabalho

Enquanto usa a pandemia como desculpa para atacar direitos conquistados em décadas de lutas pelas trabalhadoras e trabalhadores metroviários, Metrô de São Paulo proíbe que diretores do sindicato acessem as áreas da companhia para conversar com os trabalhadores.

quinta-feira 23 de julho de 2020 | Edição do dia

Afirmando durante reuniões que a presença desses diretores “pode contaminar os trabalhadores por covid-19” já que são “pessoas estranhas às áreas”, a direção da empresa reafirma suas práticas antissindicais e faz de tudo para tentar barrar a mobilização desses trabalhadores. Isso só escancara que o que a empresa mais teme é que seus funcionários discutam, se organizem e se mobilizem contra os ataques brutais em curso.

Demagogicamente querem fazer parecer que se importam com as vidas de seus funcionários, exatamente no momento em que convocam os idosos dos grupos de risco a voltarem para as atividades presenciais. Nos perguntamos então: cadê a preocupação da empresa com a vida desses trabalhadores idosos que serão expostos todos os dias ao risco de contágio da covid-19? Onde estava toda essa preocupação da empresa quando ocorreu um incêndio dentro de uma estação que havia apenas um trabalhador atuando?

Dizem que reuniões estão proibidas para minimizar os riscos de contágio, que estão pensando na saúde dos trabalhadores, mas quando é para intimidar os trabalhadores em luta não se importam em juntar cinco, seis chefes em um grupinho para ficar fotografando e filmando os que se opõe à política nefasta que Doria, Baldy (secretário de transportes) e Silvani (presidente do metrô) tentam implementar na empresa.

Vale ressaltar que todo o conjunto da categoria assim como toda a diretoria do sindicato dos metroviários não queria estar discutindo absolutamente nada do Acordo Coletivo nesse momento de pandemia; por diversas vezes se tentou adiar essa discussão para quando a pandemia acabar, mas a empresa sabe que esse é o melhor momento para “passar o trator” nos direitos conquistados pelos trabalhadores em décadas de lutas. Se utilizam desse momento da forma mais vil, mais canalha, mais nojenta para atacar trabalhadores que estão ali na linha de frente desde o começo de todo esse caos sanitário, se colocando diariamente em risco para levar a população para os seus destinos, sendo peças fundamentais também no combate à doença, uma vez que transporta todos os trabalhadores de serviços essenciais como enfermeiras, médicas, entregadores etc.

Chamamos todos os metroviários e metroviárias a construir uma grande mobilização para que dia 28 façamos uma forte greve que barre os ataques que que o Metrô e o governo de São Paulo querem nos impor.

Não aceitaremos nenhuma mordaça!

Não aceitaremos nenhuma prática antissindical por parte da empresa!

Não aceitaremos nenhum direito a menos para nenhum trabalhador e trabalhadora na linha de frente do combate à pandemia!

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