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SÃO PAULO | Em 8/3 iniciemos uma forte greve de professores e do funcionalismo contra Doria

A Greve de Professores municipais que se inicia nesse 08/03 pode ser o início de uma luta de todo funcionalismo contra os desmandos de Dória aos trabalhadores municipais, é preciso construí-la nas demais categorias e ir por mais nessa importante batalha, levantando as bandeiras da luta pela educação, pela anulação da Reforma Trabalhista e em defesa dos direitos democráticos da nossa classe.

Grazieli RodriguesProfessora da rede municipal de São Paulo

sábado 3 de março de 2018 | Edição do dia

Foto da primeira reunião de representantes do SINPEEM para organizar a greve do dia 08/03

Na quinta-feira aconteceu a primeira Reunião de Representantes de escolas do SINPEEM – Sindicato dos Professionais em Educação do Ensino Municipal de SP, com mais de 2.000 representantes com o objetivo de organizar os rumos da greve e entregar ao prefeito João Dória uma primeira pauta de reivindicações da categoria, um dos pontos era a retirada do Projeto de Lei nº 621/2016, que pretende criar um novo Regime de Previdência Complementar e implementar o SAMPAPREV.

No dia 19/02 a categoria realizou uma primeira e importante paralisação se ligando a luta contra a Reforma da Previdência de Temer que seria votada no dia seguinte, 20 de fevereiro, e construindo um forte de bloco de professores Municipais e Estaduais em São Paulo, mostrando que apesar de toda paralisa das centrais sindicais CUT e CTB os professores não vai se calar frente aos ataques dos golpistas.

Ainda no dia 19 os professores municipais votaram em assembleia, com mais de 10.000 professores presentes que nesse dia 08/03 se iniciará a greve da categoria contra o SAMPAPREV, um novo regime de aposentadoria para os futuros servidores municipais que contraditoriamente será gerido pelo setor privado, além do aumento de 14% para 19% do salário dos servidores ativos e aposentados, da fixação de um teto para aposentadoria de acordo com o teto do INSS, ou seja, R$ 5.645,80 e tornar obrigatória o pagamento previdenciário aos aposentados, hoje isentos.

É mais que necessário não abrirmos mão de nenhum direito nessa luta, derrotar o SAMPAPREV, que é uma Reforma da Previdência a nível municipal e lutar contra o projeto do PSDB de desmonte da educação pública do qual a rede municipal não está isenta com a gestão de Dória na Prefeitura de SP, como também exigirmos a revogação imediata da Reforma Trabalhista aprovada no ano passado e sob a qual não aceitaremos trabalhar ainda mais precarizados e que é um duro ataque aos trabalhadores de conjunto, incluindo os pais e mães de nosso alunos e a juventude trabalhadora, além de levantar nossa bandeira de luta em defesa dos direitos democráticos que seguem sendo retirados dos trabalhadores desde o golpe institucional em 2016 e que se mostrou ainda em curso com a condenação de Lula pelo judiciário, tirando do povo o direito de escolher em quem votar e que tem sua expressão máxima com a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Para isso é urgente organizarmos em cada região da cidade comandos de greve que visitem as escolas e discutam com cada professor(a) e com todos funcionários para que no dia 08/03 sejamos milhares de trabalhadores da educação em greve por tempo indeterminado contra todos esses ataques, além de organizarmos também reuniões com toda a comunidade escolar, discutindo com pais e estudantes os "porquês” dessa importante greve e tendo cada um deles como aliados nessa luta.

E acreditamos que além de uma greve que seja somente da categoria de professores que já mostraram disposição para ser ponta de lança de uma batalha que pode ficar ainda maior, nós do Movimento Nossa Classe defendemos que é possível construir uma forte greve de todo funcionalismo municipal contra os desmandos de Dória aos trabalhadores da prefeitura de São Paulo, com as demais categorias em luta pela defesa dos seus direitos e contra o Sampaprev, por isso fazemos um chamado ao Fórum das Entidades Sindicais que votou somente paralisação nesse 8/3 e aos demais Sindicatos para que realizem assembleias das categorias onde seja possível discutir a profundidade dos ataques e a urgência de uma forte greve contra todos eles, se juntando aos professores em luta!

Veja abaixo as intervenções do movimento Nossa Classe Educação na primeira reunião de Representantes de Escola:

  •  Grazieli Rodrigues, professora de arte na rede municipal de SP e militante do MRT – Mov. Revolucionário de Trabalhadores e do Mov. Nossa Classe Educação:
    https://www.facebook.com/profpbase/videos/908943035954176/
  •  Fabio Thelife Istreta, professor de geografia da rede municipal de SP e militante do Mov. Nossa Classe Educação:
    https://www.facebook.com/profpbase/videos/908945202620626/

    E acreditamos que além de uma greve que seja somente da categoria de professores que já mostraram disposição para ser ponta de lança de uma batalha que pode ficar ainda maior, nós do Movimento Nossa Classe defendemos que é possível construir uma forte greve de todo funcionalismo municipal contra os desmandos de Dória aos trabalhadores da prefeitura de São Paulo, com as demais categorias em luta pela defesa dos seus direitos e contra o Sampaprev, por isso fazemos um chamado ao Fórum das Entidades Sindicais que votou somente paralisação nesse 8/3 e aos demais Sindicatos para que realizem assembleias das categorias onde seja possível discutir a profundidade dos ataques e a urgência de uma forte greve contra todos eles, se juntando aos professores em luta!




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