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ABSURDO | Eduardo Leite propõe número ridículo de ‘pelo menos’ 20 testes para municípios do RS

Eduardo Leite, em um tweet na tarde de ontem, afirmou ter anunciado em transmissão ao vivo um lote inicial de 25 mil testes rápidos, garantindo pelo menos uma caixa para os 497 municípios do Rio Grande do Sul.

terça-feira 14 de abril de 2020 | Edição do dia

Em transmissão ao vivo, o Governador do RS, Eduardo Leite (PSDB) tenta se colar, junto aos outros governadores, como gestor consciente da pandemia do Codiv-19 ao anunciar 25 mil testes para todo o estado do Rio Grande do Sul. Estes serão divididos em caixas com 20 testes e, segundo o próprio Leite, cada município terá garantia de pelo menos uma caixa e o número de testes será distribuído de acordo com a população total de cidade e do número de casos confirmados de Coronavírus. Parte do dinheiro ficará com o Estado que prevê destinar o dinheiro, por exemplo, para compra de equipamento de proteção individual (EPIs) para estoque regulador e contratos de novas UTIs e de leitos privados.

Porém, se considerarmos que o Rio Grande do Sul, segundo dados estimados do IBGE em 2019, é o 5° mais populoso do Brasil, com 11,5 milhões de pessoas, o número de testes não chega nem perto do necessário para os testes massivos que garantam uma quarentena racional. Parte da consequência de não ter testes massivos é ter uma subnotificação que sequer consegue garantir que essa proposta feita pelo Leite, de dividir os testes conforme o número de infectados, seja baseado em dados reais e que sequer fazem sentido, pois a medida urgente de testes massivos é justamente para prevenir uma alta contaminação da população.

Ainda, o Ministério da Saúde liberou R$ 260,8 milhões para o RS enfrentar a pandemia, enquanto o Banco Central brasileiro já injetou 1,2 trilhão para salvar os bancos, e Eduardo Leite, que sempre aprovou as medidas de ataques aos trabalhadores, permanece passivo na exigência a maior disponibilidade de verba que garantiria ter testes massivos, contratação de profissionais da saúde e compra de todos os matérias necessários para o combate ao Coronavírus, pois isso iria de encontro com o interesse dos grandes empresários e dos bancos que querem salvar seus lucros e do próprio imperialismo que quer o pagamento fiel a Dívida Pública brasileira, que ano a ano desvia verbas de serviços essenciais para os trabalhadores, como a própria saúde pública.

Somente os trabalhadores podem de fato responder a essa crise sanitária que o capitalismo criou e aprofunda a cada medida urgente que não realiza para salvar seus lucros a todo custo, inclusive a custo de nossas vidas.




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