Os deputados aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 com um aumento bilionário do fundo eleitoral, para R$ 5,7 bi. Apesar da demagogia e das tentativas de se justificar, bolsonarismo votou em peso a favor da LDO e do aumento bilionário.
sexta-feira 16 de julho de 2021 | Edição do dia
Ontem os deputados aprovaram o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, em que um dos pontos aprovados foi a ampliação do fundo partidário de R$ 2 bilhões entre 2018 a 2020 para R$ 5,7 bilhões para 2022, um aumento de 285%. Num contexto de crise em que diversos ataques são descarregados sob os trabalhadores com o pretexto da falta de verbas, é um escárnio a aprovação desse aumento para verbas eleitorais.
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Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli tentaram se esquivar do ônus de terem votado a favor da LDO, e por consequência do golpe do fundão eleitoral. A deputada se indignou nas redes sociais com o fundão, mesmo tendo votado a favor do projeto assim como o filho 02 do presidente que postou vídeo se justificando. Todos os partidos da base do governo orientaram seus parlamentares a votar a favor da LDO que na prática aprovou junto o aumento do fundo eleitoral.
Para aprovar o golpe do fundão junto da LDO, os deputados se valeram de uma manobra, fazendo uma votação simbólica sobre a retirada do aumento do fundo eleitoral, ou seja, impossível de saber como votou cada parlamentar. Em sua justificativa o deputado Bolsonaro alegou que votou pela retirada do ponto.
Não é surpresa o bolsonarismo mostrar esse apetite pelas verbas eleitorais, basta lembrar dos escândalos dos laranjais do PSL, em que várias candidaturas do ex-partido do presidente foram investigadas como fachadas para o desvio desses recursos.
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