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Eduardo Bim, presidente do Ibama, facilitou circulação de madeira ilegal

Indicado de confiança de Ricardo Salles, Eduardo Bim foi responsável por facilitar a venda ilegal de madeira brasileira.

quinta-feira 19 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Andrius_Saz/shutterstock.com

Dois despachos internos do presidente do Ibama, Eduardo Bim, tiveram como efeito maior circulação de madeira ilegal. Há constatação da redução de vistorias, que está limitada só aos documentos apresentados, não tendo relação com a verificação dos produtos, e também a exportação ilegal de madeira foi flexibilizada, além das madeiras de espécies ameaçadas de extinção serem vendidas ilegalmente.

Eduardo Bim possui relação de confiança com Ricardo Salles, ministro do meio ambiente, que junto com o poder Executivo faz coro com a destruição ambiental de maneira que agrade não só os exportadores e importadores, como também abra espaço para o agronegócio.

O presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro admitiu, em reunião dos BRICs, ter conhecimento da lista de países que compram madeira ilegal no Brasil, quando ameaçou mostrá-la pra colocar esses países em contradição com seus apelos a consciência. Ou seja, a entrega das riquezas naturais brasileiras ao capital estrangeiro não apenas está facilitada pelo próprio Ibama, como o presidente tem conhecimento da origem desse capital e apenas utiliza a informação para chamar os países de hipócritas.

O primeiro despacho do Ibama foi realizado em novembro de 2019. Ele aprovou que os compradores de madeira com o Documento de Origem Florestal (DOF) não se responsabilizariam pela fraude caso fosse constatada. Além disso, a Diretoria de Proteção Ambiental ampliou o despacho impedindo a apreensão dos produtos.

Enquanto uma parte dos biomas brasileiros ardem em fogo, outra está sendo destruída e ilegalmente vendida, tudo sob os olhos interessados do agronegócio e com apoio dos governos e seus aliados.




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