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INTERNACIONAL | EUA: professores entram em greve em Denver pela primeira vez em 25 anos

Após o governo local não aceitar as reivindicações dos docentes neste fim de semana e da falha das negociações durante os últimos 15 meses, o sindicato dos professores iniciou nesta segunda-feira sua greve para obter uma melhora salarial.

terça-feira 12 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

As greves de professoras e professores não são algo comum em Denver, capital do estado do Colorado, a última foi há 25 anos. A situação é similar à greve que realizaram os professores na cidade de Los Angeles, nesse caso foi a primeira greve em 30 anos.

Para entender este repentino surgimento de greves após tantos anos é necessário situar a luta dos docentes que já é recorrente em várias regiões dos Estados Unidos com uma reivindicação em comum; melhores salários e condições de trabalho.

O sindicato dos professores Denver Classroom Teachers, emitiu uma declaração na qual aponta que a proposta das autoridades locais carece de transparência e “pressiona por incentivos miseráveis para alguns ao invés de estabelecer um salário base significativo para todos”. “Entraremos em greve segunda-feira por nossos estudantes e por nossa profissão, e talvez então o DPS (sigla em inglês do órgão encarregado das escolas públicas, n.d.t.) entenda o recado e volte à mesa de negociações dom uma proposta séria voltada a resolver a crise de rotação dos professores em Denver”, declarou Henry Roman, presidente do sindicato dos professores.

Segundo denunciam os professores, eles têm perdido poder aquisitivo nos últimos dez anos. Justin Kirkland, um professor de uma escola pública de Denver, declarou ao site Jacobin que “temos passado mais de dez anos quase sem um aumento salarial real. Os custos de vida aqui são muito altos e não estamos ganhando um salário digno, pelo qual não é de estranhar que exista uma escassez de professores tão grande”.

O governo local propõe bonificações para os professores nas escolas mais pobres e outras que o distrito considera uma prioridade. Os professores, ao contrário, reivindicam bônus mais baixos e que haja melhores salários, pois os bônus fomentam uma alta rotação que prejudica os estudantes.

As autoridades mantêm as escolas abertas com substitutos e pessoal na administração. Afirmam que os estudantes deverão assistir as aulas com normalidade.

Entretanto, segundo os primeiros relatos, mais de 2 mil professores se juntaram à greve e inclusive muitas famílias e estudantes decidiram não levar os filhos à escola para apoiar a paralisação.

Esta nova greve nemete à chamada “Teachers Spring” (primavera dos professores) do ano passado em que houve paralisações e distintas medidas de força em estados como West Virginia, Kentucky, Oklahoma e Arizona, principalmente por condições de trabalho mas também por aumentos salariais.




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