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EUA pratica "pirataria selvagem" em meio à crise mundial da Covid-19

Esses acontecimentos só reafirmam que a lei de lucros e da competição no mercado desse sistema cresce sobre a miséria dos trabalhadores. Por isso não podemos ficar dependentes desse mercado que baseia o lucro em cima da saúde de milhões de trabalhadores para salvar as vidas do COVID-19 aqui no Brasil.

segunda-feira 6 de abril de 2020 | Edição do dia

A negligência do governo norte americano ao tratar previamente o assunto da pandemia provocada pelo COVID-19 com devido cuidado e prevenção faz não só os EUA pagarem um preço alto por isso, como também os países que hoje são reféns das práticas selvagens de pirataria estatal praticada pelos próprios EUA. Após Trump ignorar recomendações da OMS e deixar de proporcionar garantias para minimizar os efeitos do coronavírus a tempo o país assumiu o ranking com maior número de infectados, e vem impondo práticas predatórias desumanas para conseguir todo tipo de material médico usado para combater os aspectos mais drásticos da pandemia do COVID-19.

A escassez de equipamentos básicos e a briga por eles é a expressão pura e simples do funcionamento do capitalismo, que vem se demonstrando de várias formas.

Autoridades alemãs dizem que 200 mil máscaras da gigante empresa 3M comparadas para os policiais do país foi interceptada na Tailândia e redirecionadas para os EUA e por isso não teriam chegado ao seu destino final. Este não é um fato isolado, na última sexta feira (03/04), uma carga de 600 respiradores que fazia escala no aeroporto de Miami, encomendados por estados do nordeste brasileiro de um fornecedor chinês, foi proibida de embarcar para o Brasil. Em nota da Casa Civil, foi informado que "a operação de compra dos respiradores foi cancelada unilateralmente pelo vendedor", possivelmente os EUA ofereceram um valor mais alto pelos produtos, o que não é improvável, já que essa prática também foi apontada pelo governo francês.

Renaud Muselier, presidente da região sul da França fez uma denúncia afirmando que as máscaras já adquiridas e pagas pelo país haviam sido compradas no asfalto do aeroporto por agentes norte-americanos que na ocasião ofereceram o triplo do valor para ficar com a encomenda. Com Cuba não tem sido muito diferente, fruto do embargo econômico, comercial e financeiro que Washington mantém desde 1962, os EUA mesmo diante da pandemia que também atinge o país e já registrou mais de 200 infectados, foi indiferente à doença e impediu que uma doação de máscaras, respiradores e testes da empresa chinesa, Alibaba, chegassem à ilha.
Hoje já passamos de 1 milhão de infectados pelo mundo, e o número continua a subir, não sabemos quantos mortos teremos e o quanto tempo isso vai durar; fica evidente que nem mesmo na situação de crise mais grave no mundo desde a Segunda Guerra Mundial (como afirma a ONU) o livre mercado garante a possibilidade mínima de distribuição de recursos para ao menos nos mantermos vivos. Bem pelo contrário, o capitalismo só garante proteção aos que podem pagar um valor monetário alto por ela, aos que não podem, que paguem com a vida.

Esses acontecimentos só reafirmam que a lei de lucros e da competição no mercado desse sistema cresce sobre a miséria dos trabalhadores. Por isso não podemos ficar dependentes desse mercado que baseia o lucro em cima da saúde de milhões de trabalhadores para salvar as vidas do COVID-19 aqui no Brasil. Precisamos de organização operária para utilizar os avanços tecnológicos, a capacidade humana e material que o Brasil possui a favor dos trabalhadores, e não a serviço do lucro de grandes empresa que querem continuar suas produções de geladeiras, carros, máquinas de lavar, etc. em um momento que nem existe consumo para suprir esta demanda. Só então, com as fábricas controladas pelos trabalhadores, com produção de luvas, álcool, testes, máscaras e outros equipamentos de proteção individual para enfrentar efetivamente a crise do coronavírus, uma saída de independência de classe, dos trabalhadores e da juventude, utilizando seus próprios métodos para acabar com a dependência desses piratas imperialistas.




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