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2º BREQUE DOS APPS | É preciso brecar tudo dia 25 e que os entregadores tomem as rédeas do movimento!

Neste sábado, dia 25, os entregadores vão fazer um novo Breque dos Apps. Assim como no dia 1° de Julho, precisamos brecar tudo, fortalecer essa luta, e defender que os entregadores tomem os rumos do movimento em suas mãos.

quinta-feira 23 de julho de 2020 | Edição do dia

"Dia 1° foi incrível. Dia 25 vamos fazer essa luta acontecer de novo", foi o que disse Galo, do Entregadores Antifascistas em debate no Esquerda Diário no último sábado.

A luta dos entregadores por seus direitos, e por melhorias nas condições do seu trabalho vai tomar corpo na rua outra vez nesse sábado dia 25.

É fundamental defender essa luta de corpo de alma, e fortalecer essa categoria, que se arrisca todo o dia nas ruas em meio a pandemia, e que vive situações absurdas, como muitos contam, de carregar entregas de comida, enquanto passam fome.

Dia 1° os entregadores mostraram, com o Breque, a sua importância e a força da sua luta. E mostraram que se os trabalhadores se unirem, podemos ir por muito mais, e lutar contra a uberizaçao que já afeta várias categorias.

Se depender do Bolsonaro, e dos seus aliados, esses trabalhadores nem direito ao auxílio emergencial teriam. Com as suas MPs ele quer precarizar ainda mais as relações de trabalho.

Mas, não podemos, com fez o Sindimoto, confiar que por algum acordo com o Judiciário, vamos conquistar avanço

A confiança tem que ser nas próprias forças dos entregadores. Se organizando em assembleias para que todos possam decidir os rumos dessa luta coletivamente.
Pelo que temos visto, o Sindimoto de SP tem, e muito, medo de que os entregadores se organizem e percebam que a direção desta entidade não está nem aí para suas demandas. Esse sindicato tem se colocado contra esse tipo de articulação nacional e buscado a justiça do trabalho, no TRT de São Paulo, para que seja reconhecido como verdadeiro representante dos entregadores de app.

Em vez de cumprir o importante papel que todo sindicato deveria cumprir, organizando os entregadores pela base, a partir de realizar assembleias, nas quais todos possam se colocar e opinar sobre os rumos desta luta, as pautas, votar quem serão os representantes em negociações etc., o sindicato tem feito o completo oposto disso: boicotou a votação que foi feita via internet, que chamava uma nova paralisação dia 12; chamou uma paralisação dia 14 em separado do resto do movimento nacional (que foi um fracasso); e demorou dias para declarar apoio ao breque do dia 25 de julho, e até agora não o está construindo efetivamente. Ou seja, dividiram e traíram essa luta.

Além disso, fortalecem a ideia de um movimento "apolítico", e rechaçam tudo e todos que se digam de alguma forma contra Bolsonaro.

Mas quando se trata de fortalecer e fazer campanha para vereadores de direita que são seus aliados, aí sim são favoráveis a “envolver política”. Dizem que não se deve fazer política, mas ele próprios em anos anteriores apoiaram o governador de São Paulo João Doria, e têm o seu ex-presidente, o Gil, candidato a vereador do PSD e que votou a favor da reforma trabalhista. Ou seja, os únicos que não podem fazer política para eles são os próprios entregadores.

“É preciso escutar os trabalhadores, (...) quem decide é a assembleia, nós advogados vamos fazer o que a assembleia diz. Vocês decidem que passos dar, nós vamos tratar de representar de forma legal essa decisão que vocês tiveram”, diz Myriam Bregman deputada argentina pelo PTS e membra da seção argentina do Esquerda Diário que atua em conjunto com o La Red de Precarizadxs daquele país.

É assim que deveriam atuar as organizações de esquerda como o PSOL, por exemplo. Por isso abrimos a discussão com esse partido para que deixe de confiar em alianças com figuras como Tabata Amaral, que quer naturalizar a precarização do trabalho nos apps, e aposte na força dos entregadores e do seu movimento com organização pela base.

Os entregadores precisam mostrar novamente que sem eles os aplicativos não são nada, brecando tudo neste próximo dia 25. Essa luta precisa seguir até que arranquem suas pautas. Para isso, seria muito importante, em todos os lugares onde vão acontecer as mobilizações, reunir os entregadores ao final do ato para discutirem, em assembleias, e começarem a se organizar pela base pra tomar em suas mãos o rumo do movimento. E que se discuta um plano de luta que impeça essa divisão que se deu, para impor mobilizações ainda mais fortes!




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