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Durante a pandemia, cresce o número de trabalhos intermitentes precários

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia apontam que desde 2017 até julho deste ano, foram fechados 194.649 postos de emprego com carteira assinada no Brasil. No mesmo período cresceram postos de trabalho intermitente, foram criados 170.649 vagas nesta modalidade.

terça-feira 15 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Com a pandemia e a crise econômica o trabalho intermitente, isto é, vagas de emprego que visam fazer com que trabalhador compareça na empresa só quando for necessário e recebe apenas o valor do período trabalhado, tem tido alta em meio a crise da covid-19.

Esse vínculo empregatício, que entrou em vigor com a lei trabalhista implementada pelo governo de Michel Temer, deu um salto entre os anos de 2018 e 2019, quando passou de 51.183 para 85.716 vagas.

Em 2020, de janeiro a julho, onde 1,09 milhões de pessoas ficaram desemprega decorrente da atuação do governo frente à crise sanitária, foram criados 27.487 postos de trabalho intermitente.

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A alta dessa modalidade de emprego só teve exceção em abril deste ano, quando houve a paralisação das atividade devido a pandemia, onde das 927,6 mil vagas de trabalho foram fechadas e 3 mil foram vagas intermitentes

Desde a implementação do trabalho intermitentes, em novembro de 2017 até julho desse ano, o setor de serviços lidera com 81,2 mil vagas, quase a metade do total dos trabalhos criados nesse período, em seguida é o setor de comércio com 42.382 vagas e o da construção com 24.424.

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