Depois de os moradores da praça Sé terem acordados com jatos de água fria quando a capital paulista registrou a temperatura mais baixa do ano (7ºC), durante a limpeza da praça pela foi a vez da Guarda Civil Metropolitana (GCM) tentar impedir a distribuição de sopa quente para os moradores de rua e usuários na Cracolândia.
sexta-feira 21 de julho de 2017 | Edição do dia
Foto: Alex Silva/Estadão
Guardas-civis metropolitanos (GCMs) foram acusados na noite desta quinta-feira, 20, de tentar impedir a distribuição de sopa quente para moradores de rua e dependentes químicos na região da Cracolândia, no centro. O incidente aconteceu por volta das 22 horas. Denunciou o padre Júlio Lancellotti.
A sopa só fora liberada depois que o padre Júlio Lancellotti ligou para o inspetor que estava responsável pelo trabalho da Guarda na região, liberando a entrega da sopa para os moradores de rua. “Falei com o inspetor que estava lá para deixar distribuir”, disse o padre.
Se é algo que precisa ser barrado é esta política higienista de Doria que retirou 40 colchões dos moradores de rua e usuários no centro da cidade há algumas semanas. E um dia após acordar moradores de rua com jatos d’água, agora a GCM nesta mesma lógica tenta barrar a liberação de uma refeição, talvez a única do dia.
Nós aqui pelo Esquerda Diário denunciaremos as ações absurdas desta gestão em SP, que se aproveita de uma situação nacional de ataques e impunidade para imprimir sua política higienista contra a população pobre e em situação de vulnerabilidade.