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Doria quer encher São Paulo de câmeras para proteger empresas (e contra moradores de rua?)

terça-feira 25 de julho de 2017 | Edição do dia

Na China prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça-feira, mais uma parceria público-privada (PPP) para a cidade. A pedido do prefeito as empresas Hikvision e Dahua doaram cerca de 1 mil câmeras de monitoramento e 2 drones, avaliados em US$ 100 mil cada, que serão entregues para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) . As empresas também estudam uma doação posterior de mais mil câmeras.

A PPP seria para financiar a ampliação de parte do programa City Câmeras, uma rede de câmeras na cidade. O programa, que foi lançado em março e passou a funcionar neste mês de julho, conta com uma rede de câmeras públicas e privadas, de cidadãos e empresas, para fornecer informações às polícias com o argumento de prevenir e esclarecer crimes.

O prefeito quer que as 1 mil câmeras que recebeu - ou 2 mil, se a Hikvision também aceitar o pedido de doação - sejam integradas ao sistema Detecta, da Secretaria Estadual da Segurança Pública.

A pergunta a ser feita é se as câmeras servirão para, além de proteger a propriedade privada das grandes empresas, monitorar os moradores de rua, tão odiados por Doria, para que fiquem longe da sua suposta cidade cinza, digo, cidade "linda".

Nas últimas semanas uma séria de denuncias sobre verdadeiras torturas contra moradores de rua, a mando do gestor Doria, apareceram nas redes sociais e mídias. João Doria acordou moradores de rua com jatos de água na noite mais fria do ano e impediu distribuição de sopas na cidade.

Doria que foi a China, avisando que venderia São Paulo, também se reuniu com China Development Bank (CDB) - o banco chinês equivalente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - para acordar a concessão da operação do bilhete único da cidade.




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