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REPRESSÃO AOS PIXADORES | Doria quer calar a juventude e a arte urbana!

Em entrevista ao Estado de São Paulo João Dória chama pichadores de "agressores". Com um discurso bem higienista e conservador o atual prefeito da cidade de São Paulo acha que é capaz de definir o que é arte ou não. Diz que ama a arte urbana desde que com disciplina.

segunda-feira 23 de janeiro de 2017 | Edição do dia

O prefeito acredita na arte dentro da caixinha, da moldura, dos grandes museus. Defende a arte de rua desde que no padrão das artes das galerias, e quem rompe com sua estética elitista é considerado agressor, que é como o prefeito se refere aos pichadores.

Defende a arte para os poucos que têm acesso às grandes galerias, reivindica um ”lugar seguro” onde as representações artísticas possam ser comercializadas.

Doria e seu projeto higienista para SP

A entrevista do prefeito só deixa cada vez mais clara que a sua política é elitista e higienista sim. Desmerecer o artista de rua e não reconhecer o pixo como parte da arte e cultura da cidade reafirma que o prefeito quer anular a periferia. Outra ação que reafirma essa lógica foi a instalação de uma tela no Viaduto 9 de Julho para esconder os moradores de rua.

O prefeito se veste de gari e varre duas folhas, aperta a mão de morador de rua extremamente limpo, quer construir uma imagem de que pertence ao povo com encenações nada convincentes. E enquanto isso “varre” moradores de rua de seus espaços, os esconde e apaga a arte periférica da cidade.

Isso atrelado a todos os ataques que a juventude vem sofrendo, escola sem merenda e educação de baixa qualidade, transporte caro e sem passe livre, difícil acesso ao lazer e à cultura, a PM racista e assassina, deixa claro os rumos desse processo que o governo golpista está articulando.

João Doria não pensa na população pobre, ele quer nos esconder, apagar nossa arte, calar nossas vozes.




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