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TRABALHO ESCRAVO | Doria apoia maior impunidade a ruralistas que escravizam no campo

Doria escolhe batalhar por apoio político de ruralistas, pensando em 2018, sendo conivente com escravidão no campo.

quarta-feira 18 de outubro de 2017 | Edição do dia

(Foto: Joel Silva/Folhapress)

João Doria (PSDB), prefeito de São Paulo, esteve em um almoço fechado com 32 deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), onde buscou se aproximar interesses políticos com os ruralistas concordando com os interesses desastrosos dos representantes do agronegócio, do trabalho escravo e da destruição dos recursos naturais.

Estes deputados deixaram com o prefeito reclamações contra ambientalistas, Ministério Público e setores do governo. Ao ser questionado por jornalistas sobre a portaria do Ministério do Trabalho que na prática flexibiliza seriamente a fiscalização da realidade brutal do trabalho escravo no Brasil, que pode ser entendida aqui, o tucano preferiu não assumir uma posição clara contra a medida.

Ao contrário, passou a palavra para o deputado ruralista Nilson Leitão (PSDB-MT), que fez um discurso de defesa da medida. "Eu endosso plenamente as posições apresentadas pelo deputado Nilson Leitão, que é do nosso partido. A posição do deputado é a posição que eu endosso", disse Doria após insistência dos jornalistas para falar sobre o tema.

Rodeado de ruralistas, o prefeito defendeu a moderação no debate sobre redução de áreas ambientais, sem, no entanto, endossar a posição ruralista. "Eu sou moderado. O acirramento não é construtivo. É preciso equilíbrio e moderação para construirmos um novo País", disse. Na entrevista, Doria afirmou que o setor do agronegócio está "maduro" e precisa de mais incentivos públicos, portanto, maior liberdade para desmatar, poluir rios, expulsar povos originários, e o que mais o lucro do agronegócio almejar destruir.

Com informações da Agência Estado




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