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INTIMIDAÇÃO ILEGAL | Dono da Havan volta a chantagear seus funcionários: “sem Bolsonaro, 60 mil serão demitidos”

Em novo vídeo, Luciano Hang, empresário e dono das lojas Havan no Brasil, faz discurso apelando para o voto a Bolsonaro como forma de garantir o emprego. Além disso, obriga seus funcionários a cantar o hino nacional e ovacionar palavras de ordem de apoio a Bolsonaro.

terça-feira 2 de outubro de 2018 | Edição do dia

Nesta semana foi publicado um novo vídeo do empresário liberal Luciano Hang, dono das lojas Havan no Brasil. No dia de ontem, 01, já havia sido divulgado um vídeo em que o empresário intimida seus funcionários a votarem em Bolsonaro no próximo domingo, dia 7, como demonstrado nesta matéria.

Em novo vídeo, as intimidações continuam. O patrão das lojas Havan intimida seus funcionários a votarem contra a “volta do comunismo”, obrigando que vistam uma camiseta com os dizeres “O Brasil que queremos depende de nós”, além de obrigá-los a cantar o hino nacional e ovacionar palavras de ordem em apoio ao candidato reacionário e autoritário da extrema-direta, Jair Bolsonaro.

O vídeo tem longa duração, com um discurso de mais de 40 minutos, em que Luciano Hang relata a importância de se votar em Bolsonaro para que haja a manutenção dos empregos, colocando que caso o capitão reformado não seja eleito, a empresa Havan será fechada, ocasionando a demissão de mais de 60 mil funcionários. Além disso, declara que caso qualquer outro candidato seja eleito, o Brasil será um país comunista, em que os trabalhadores não terão emprego e terão que comer lixo na rua.

Veja o video:

Hang se utiliza do atual tema de luta e emancipação das mulheres para fazer demagogia e dizer que “as mulheres são 53% do eleitorado brasileiro. Aqui nesta empresa, são 85% da mão de obra. Bolsonaro é o único que defende as mulheres, ao contrário dessas mulheres do grupo do facebook, das marchas do último sábado (29) e do #EleNão”. Para reforçar isso, o empresário faz um discurso meritocrático, contando a história de uma de suas funcionárias, uma trabalhadora que começou do zero e hoje é gerente e apoia Bolsonaro.

Através da coação e assédio, Luciano Hang questiona “como pode alguns poucos fazerem mal para tantos?”, a fim de defender uma política ultraliberal, em que empresários do mundo todo possam vir investir no Brasil, melhorando a economia e aumentando o poder de consumo, como prometido por Bolsonaro.

É um absurdo que empresários e patrões intimidem, ameacem e assediem os trabalhadores para que votem em um candidato como Bolsonaro, que já deu diversas demonstrações de que irá governar para os ricos, cortando direitos democráticos e trabalhistas, descarregando a crise nas nossas costas e garantindo que uns poucos lucrem em cima da miséria de tantos.




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