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ECONOMIA / INTERNACIONAL | Dólar recua diante do euro e do iene, mas sobe frente às moedas de commodities

O dólar recuou frente ao euro e ao iene, mas subiu diante das moedas de países exportadores de commodities. O dia foi marcado por baixas dos mercados de ações na Ásia, na Europa e nos EUA e pela diminuição da expectativa de que o Federal Reserve comece a elevar as taxas de juro de curto prazo neste ano.

quarta-feira 14 de outubro de 2015 | 00:43

Na madrugada desta terça-feira, a China informou que seu superávit comercial cresceu para US$ 60,3 bilhões em setembro, de US$ 60,2 bilhões em agosto; economistas previam um saldo positivo de US$ 47,6 bilhões. As importações chinesas caíram 20,4% em relação a setembro do ano passado, quando a expectativa era um recuo de 16,5%; as exportações caíram 3,7%, quando a expectativa era um declínio de 6,5%.

Traders disseram que o iene subiu diante do dólar em reação a esses números, com compras por investidores em busca de "refúgio seguro". As moedas dos países emergentes e dos exportadores de commodities, como Rússia, Canadá e Austrália, que haviam subido recentemente, passaram a cair em reação aos dados do comércio exterior da China. "Nas duas semanas anteriores, vimos as moedas dos países emergentes subirem. Depois de toda aquela debilidade do verão, era de se esperar uma correção. Mas os fundamentos daqueles países não mudaram. Estamos voltando hoje à fase anterior, quando as pessoas estavam evitando ativos de risco", comentou o estrategista Mazen Issa, da TD Securities.

Na Alemanha, o índice de expectativa sobre a economia do instituto ZEW caiu a 1,9 em outubro, de 12,1 em setembro; a expectativa era um recuo para 6,9. O índice de sentimento sobre as condições atuais caiu a 55,2 em outubro, de 67,5 em setembro; a expectativa era de 64,7. A revisão do índice de preços ao consumidor da Alemanha em setembro confirmou os números da estimativa preliminar: -0,2% em relação a agosto e variação zero em comparação com setembro de 2014.

Nos EUA, dois dirigentes do Federal Reserve discursaram: o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse temer que taxas de juro excessivamente baixas provoquem excessos nos mercados financeiros e defendeu o início imediato da normalização da política monetária; Daniel Tarullo, membro do Conselho do Fed, disse não ter a expectativa de que seja apropriado elevar as taxas de juro neste ano.

"Até a divulgação de indicadores norte-americanos como o de vendas no varejo e o índice de preços ao consumidor, o dólar provavelmente vai permanecer sem direção, em torno das cotações atuais", disse Yuzo Sakai, da Tokyo Forex & Ueda Harlow. Os dados de vendas no varejo saem nesta quarta-feira e o CPI, na quinta.

A libra recuou diante do dólar depois do informe de que o índice de preços ao consumidor do Reino Unido recuou 0,1% em setembro, em relação a agosto, com queda de 0,1% em comparação com setembro do ano passado. Traders disseram que os números tornam ainda menos provável que o Banco da Inglaterra (BoE) eleve as taxas de juro em breve.

No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,1383, de US$ 1,1365 ontem; o iene estava cotado a 119,73 por dólar, de 120,02 por dólar ontem. A libra estava cotada a US$ 1,5250, de US$ 1,5347 ontem; o dólar australiano estava cotado a US$ 0,7252, de US$ 0,7365 ontem. Fonte: Dow Jones Newswires.




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