“São as condições de trabalho e estudo de toda a comunidade universitária que estão em jogo”, informa a declaração oficial da ADUSP
quinta-feira 24 de junho de 2021 | Edição do dia
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Como parte das deliberações da Assembleia Geral que ocorreu no último dia 15, os docentes da USP vão paralisar suas atividades nesta quinta em defesa da universidade, contra a política irresponsável da reitoria frente à pandemia e também contra os ataques aos salários, às condições de trabalho e de permanência estudantil que tem avançado na USP no último período.
A reitoria da USP tenta propagar uma visão de que na USP está tudo bem, mas já são 35 funcionários e pelo menos 6 docentes que vieram a óbito pela covid-19, isso sem que o reitor sequer os mencionasse em homenagem protocolar, segundo o comunicado oficial da ADUSP.
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A paralisação marcada para esta quinta também se coloca contra a precarização causada pelo arrocho salarial, falta de contratações, demissões de terceirizados, um conjunto de ataques do governo Dória endossado pela reitoria da USP. Entre os estudantes, a precarização avança através dos ataques às políticas de permanência, que têm afetado diretamente os estudantes que conseguiram atravessar o filtro social do vestibular por meio das cotas, elitizando ainda mais o acesso e permanência na universidade, inclusive levando a desfechos trágicos, como o do suicídio de um jovem estudante negro no CRUSP.
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