Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO
quinta-feira 14 de setembro de 2017 | Edição do dia
Na sua chegada ao aeroporto de Confins em Belo Horizonte MG o, sempre em pré-campanha presidencial, Jair Bolsonaro foi recebido por alguns apoiadores que o aguardavam já com carro de som, ansiosos para ouvir a palavra do ídolo. O discurso? Nada novo. Um semfim de frases cheias de ódio e preconceito maquiam a retórica ignorante, sem idéias nem programa para as questões mais sentidas da sociedade brasileira.
Já se auto proclamando como “a maioria” Bolsonaro chegou agradecendo a PM afirmando "se eu chegar lá, soldado meu que vai para a guerra não senta no banco dos réus", incitando a violência afirmando que "se o Estado bota uma arma na cintura de vocês ou um fuzil no peito, é para usá-lo" e prometendo liberdade total para a violência e os assassinatos da polícia se ser eleito: "O combate à violência vai começar por aí, dando retaguarda jurídica aos nossos homens e mulheres da segurança pública poderem trabalhar. E se matar preciso for, que mate"
Inclusive se referiu à absurda campanha do MBL contra a exposição QueerMuseu ameaçando os “picaretas do Santander” por tentar “sodomizar” as crianças.
Preconceitos sempre abundam em todos os discursos do Bolsonaro, como este: "Vai ter dia dos pais e dia das mães. Não tem esta historinha de família multicultural. A maioria tem que fazer valer a sua condição e nós somos a maioria" ou "Deixo bem claro que essa canalhada dos Direitos Humanos não vai ter um centavo"
Bolsonaro aproveitou a recepção para mostrar suas capacidades como quando disse "Graças a Deus eu não entendo de economia como estes caras entendem. Porque eles colocaram o Brasil no fundo do poço".
A novidade do “programa” do Bolsonaro foi criar uma saída para o mar para Minas Gerais. Sim. No final para que saber de economia para essas coisas. Essa é a resposta de Jair Bolsonaro para resolver a crise econômica do Brasil: ódio, preconceito, militares e mar para minas gerais .
Assista a palestra na integra aqui:
