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LUTA SECUNDARISTA | Dezenas de ruas cortadas em SP pelos secundaristas, que sofrem forte repressão

Os cortes ainda estão em curso em uma demonstração de força dos secundaristas contra o "plano de guerra" de Alckmin. A população demonstra amplo apoio.

quinta-feira 3 de dezembro de 2015 | 11:26

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Estudantes de inúmeras escolas contrários à reorganização da rede estadual de ensino, realizada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), bloqueiam dezenas de vias das zonas sul e oeste da capital paulista na manhã desta quinta-feira, 3 em uma ação decidida pelos alunos das escolas ocupadas. Segundo Odete do Centro Acadêmico de Pedagogia da USP e que desde o inicio das ocupações se encontra juntos aos secundaristas: “Todos os "travamentos" de avenidas estão sendo duramente reprimidos pela Polícia Militar, com bombas de gás, efeito moral e cassetetes, o que deixa claro a verdadeira face desse governo de não negociar.”

Os protestos exigem que o governador Geraldo Alckmin recue da decisão de fechar escolas no Estado. Inicialmente, os alunos organizaram ocupações nas unidades de ensino, mas desde o início desta semana, após o vazamento de um áudio onde a Secretaria de Educação declarava uma guerra às ocupações, passaram a também bloquear ruas e avenidas importantes da capital, dando um salto importante nessa luta histórica.

Nesta manhã, os estudantes interditaram completamente a Marginal Pinheiros, na zona oeste. Na região, o cruzamento da Avenida Professor Francisco Morato com a Avenida Jorge João Saad, também foi travado. Na Lapa, a manifestação acontece no cruzamento da Rua Heitor Penteado com a Avenida Pompéia, no dois sentidos. O Cruzamento da Avenida Rebouças com a Faria Lima também segue interditado.
Já na zona sul, os manifestantes bloquearam a Avenida João Dias, próximo ao terminal de ônibus, no sentido centro, assim como a Avenida Giovanni Gronchi. Na Estrada do M’Boi Mirim o protesto ocorre na altura da Rua José Barros Magaldi. Também há fechamentos nos centros comerciais de Diadema e Itaquera.

Na quarta-feira, dia 2, o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que não vai permitir que os protestos não deixem ao menos uma faixa livre para o trânsito e elogiou a atuação da PM até o momento, classificada por ele como "legítima" e "sem excesso". Moraes também disse que as manifestantes precisam avisar o poder público previamente sobre os atos.

Foto: Estudante mostra bomba de gás usada pela polícia de Alckmin para reprimir a manifestação

Ainda nesta manhã, os alunos chegaram a ocupar o cruzamento das Avenidas Angélica com a São João, mas a PM usou bombas de gás para dispersar o grupo. Segundo testemunhas, uma das bombas chegou a atingir uma moto, que foi danificada

Por sua vez, Jéssica recém eleita para o Centro Acadêmico de Letras da USP declarou que: “ as ações seguirão por todo o dia de hoje e além e que desde o CA de Letras estamos empenhados em organizar varias atividades de apoio ativo a essa luta tão importante”, Jéssica informou também que: “há informações de estudantes presos sendo responsabilidade direta do Governador do Estado Geraldo Alckmin e de seus secretários de educação e segurança qualquer violência cometida contra esses estudantes” . Por fim fez um chamado: “ convocamos a todas as entidades estudantis, sindicatos, organismos de direitos humanos bem como as organizações de esquerda a se somarem nessas ações.”




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