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8 DE MARÇO | Dezenas de milhares de mulheres em SP marcham no 8M contra os ataques de Bolsonaro

Dezenas de milhares de mulheres em SP marcham no 8M contra o machismo, o patriarcado capitalista e os ataques de Bolsonaro, como a reforma da Previdência.

sexta-feira 8 de março de 2019 | Edição do dia

Dezenas de milhares de mulheres em SP marcham no 8M contra o machismo, o patriarcado capitalista e os ataques de Bolsonaro, como a reforma da Previdência. Em diversos países do mundo as mulheres paralisaram as capitais para protestar contra os efeitos da crise mundial e a opressão de gênero.

No Brasil, acontecem atos em todo o país pelo 8 de março, dia internacional da mulher - em Belo Horizonte na praça Raul Soares, em Curitiba na Praça Santos Andrade , em Porto Alegre em frente ao Mercado Público, no Rio de Janeiro na Igreja da Candelária e em São Paulo a concentração será no MASP. Já são dezenas de milhares de mulheres que se colocam em movimento nestas capitais.

Em São Paulo, a Avenida Paulista ficou ocupada por dezenas de milhares de pessoas, entre organizações sindicais e da esquerda. O Grupo de Mulheres Internacional Pão e Rosas esteve presente, para rechaçar o governo Bolsonaro, levantando as bandeiros do feminismo socialista, anti-imperialista, anti-racista, da classe trabalhadora e pela diversidade sexual.

Não nos faltam motivos para nos mobilizarmos. Somente em janeiro de 2019, 179 mulheres foram vítimas ou sobreviveram a uma tentativa de feminicídio no nosso país. Este dado se refere somente aos fatos que foram noticiados, segundo pesquisa da Folha de São Paulo publicada hoje.

Este tipo de crime é diretamente fomentado pelo governo machista, racista e misógino de Bolsonaro, que não economizou em declarações que alimentam a prática machistas e menosprezam as mulheres. Este governo vem com o projeto de descarregar a crise capitalista sobre as costas do povo trabalhador e principalmente das mulheres, com sua tentativa de passar uma reforma da previdência que irá fazer todos nós trabalharmos até morrer, mas que as mulheres serão ainda mais atacadas considerando que já temos a carga do trabalho doméstico, da criação dos filhos e de sermos maioria nos postos de trabalhos precários.

Em São Paulo, um dos principais motes da mobilização é contra a reforma da previdência do governo Bolsonaro e por justiça por Marielli Franco, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro assassinada em 14 de março de 2018, crime qual ainda não tivemos resposta e que neste dia queremos colocar bem forte: Quem mandou matar Marielli Franco? O Estado é responsável e temos que com nossa luta exigir resposta e punição aos culpados!

Nós do Pão e Rosas, Esquerda Diário e MRT - Movimento Revolucionário de Trabalhadores - , colocamos que não podemos fazer como propõe o PT que é focar suas forças na perspectiva eleitoral para 2022, enquanto estamos sendo atacadas nos dias de hoje. Derrotar os ataques de Bolsonaro, Damares, Joice Hasselmann não pode significar retornar ao projeto de país do PT, que rifou os direitos das mulheres, como o direito ao aborto, durante 13 anos. Isso porque seu projeto político é de administrar o capitalismo neoliberal em decadência, preservando as bases semicoloniais e dependentes do país, em confluência com as Igrejas e a direita que foi artífice do golpe institucional.

Precisamos construir nossa força independente, com as mulheres trabalhadoras junto a seus companheiros homens, numa organização que tenha como norte uma estratégia para destruir o capitalismo: somos feministas socialistas revolucionárias. Contra Bolsonaro, aliado de Trump na ofensiva imperialista na Venezuela, por justiça por Marielle e contra a Reforma da Previdência. Para enfrentar o governo Bolsonaro, é preciso construir um feminismo socialista, anti-imperialista, anti-racista, da classe trabalhadora e pela diversidade sexual.

Temos que nos apoiar nas greves e mobilizações, como veem fazendo as francesas com seus coletes amarelos na França e como as professoras municipais de São Paulo mostraram que há força para lutar, apesar de todo entrave da burocracia sindical.

Veja abaixo vídeo da fala de Maíra Machado, professora da rede estadual de São Paulo, na concentração do ato no MASP.




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