Mais uma vez citando o slogan do movimento nazifascista brasileiro, Bolsonaro pediu que seus eleitores escolham nas eleições quem "tem Deus no coração".
quinta-feira 1º de outubro de 2020 | Edição do dia
Jair Bolsonaro, durante inauguração de uma obra hídrica em São José do Egito (PE) nesta quinta-feira (01/10), não quis citar nomes. Demonstrando seu reacionarismo, o presidente deu apenas uma recomendação ressuscitando o integralismo:
“Vamos caprichar para escolher prefeito e vereador. Vamos escolher gente que tenha Deus no coração, que tenha na alma patriotismo e queira de verdade o bem do próximo. Deus, pátria e família”, disse o presidente em seu discurso.
"Deus, pátria e família" foi o lema do integralismo, como bem sabe Bolsonaro que inclusive empregou o lema no programa do partido que pretendia criar o Aliança Pelo Brasil.
Esses três valores eram os pilares do movimento integralista comandado por Plínio Salgado nos anos 30 e que tinha como inspiração aberta o nazifascismo europeu. Esse trinômio sintetizava para Plínio o conservadorismo típico da família tradicional brasileira, arraigada na cultura cristã.
Não à toa, seguindo a recomendação do chefe, o candidato apadrinhado por Bolsonaro em São Paulo já adotou o lema, como o próprio Celso Russomanno fez questão de dizer: “Temos os mesmos valores, voltados para Deus, pátria e família”.
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Mesmo sem ter conseguido legalizar seu partido, Bolsonaro busca deixar a marca de seu reacionarismo, sendo representado por diversos candidatos da extrema direita que compartilham desses mesmos princípios e buscaram capitalizar o bolsonarismo para si.
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