Dados do Instituto Socioambiental mostram o rastro da devastação ambiental em áreas preservadas, chegando a gritante porcentagem de 138% de aumento do desmatamento no comparativo aos três anos anteriores(2016 a 2018).
quinta-feira 23 de dezembro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Rogério Assis / Greenpeace
Nos três anos de governo Bolsonaro(2019 a 2021) o desmatamento em Terras Indígenas aumentou 138%, são esses os dados apresentados pelo Instituto Socioambiental no estudo “Desmatamento sem controle na Amazônia Legal: a estimativa da taxa de desmatamento Prodes em 2021 e o impacto nas áreas protegidas”, elaborado ao fim de 2021.
O estudo utiliza dados do programa Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registra apenas o corte raso da floresta, não registrando outras formas de destruição. “O Prodes registra apenas o desmatamento de corte raso, ou seja, a supressão total da vegetação nativa. Entretanto, as TIs sofrem intensos processos de invasão e degradação florestal, provenientes do roubo de madeira, garimpos ilegais e incêndios criminosos”, explica Antonio Oviedo, coordenador do Programa de Áreas Protegidas do ISA.
O rastro da destruição ambiental vem na esteira das dezenas de discursos e atitudes do governo Bolsonaro, que antes mesmo de assumir dizia que “não iria demarcar um metro de terra pra indígena no seu governo”.
O que temos acompanhado desde então é o avanço do garimpo ilegal, a perseguição a pequenos agricultores e sobretudo as populações originárias, que tem sofrido diversas incursões, num claro processo de ataque a seus costumes e tradições.
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