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DESEMPREGO | Desemprego em SP ultrapassa média nacional e totaliza 1,9 milhões de desempregados

Índices mostram que São Paulo tem maior taxa de desemprego que do país: 17,4%. Quase 2 milhões de trabalhadores em busca de emprego, enquanto a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita precarizam ainda mais os postos de trabalho. Tudo para que os trabalhadores paguem pela crise dos capitalistas.

quarta-feira 26 de setembro de 2018 | Edição do dia

Índices de desemprego na região metropolitana de São Paulo superam a média nacional de 13,1% e atingem 17,4% em agosto. Em números absolutos, estima-se que mais de 1,9 milhão de pessoas estão desempregadas, superando 54 mil a mais em comparação com mês anterior. Considerado municípios da grande São Paulo da região leste, como Guarulhos e Mogi das Cruzes, o desemprego atinge 19,8%, na capital 16,7%, variando apenas na grande ABC de 18,2% para 18%.

As filas de desemprego tornam-se quilométricas e as vagas cada vez menores frente à massa de desempregados: apenas 6 mil vagas foram abertas na região, sendo que a população economicamente ativa cresceu 60 mil, 10 vezes mais que as oportunidades.

Segundo a Fundação Saede e o Dieese, estas poucas vagas não significam crescimento, tendo em vista que em relação a agosto do ano passado o número de desempregados caiu 65 mil.

Com a reforma Trabalhista, as condições de trabalho se tornaram ainda mais precárias, como mostram as estatísticas. Empregos com carteira assinada avançam míseros 0,4%, enquanto empregos sem carteira assinada crescem 2,5%, trazendo a tona uma das faces deste brutal ataque do governo golpista contra os trabalhadores. O rendimento médio dos ocupados caiu 2,1% entre junho e julho, mostrando um total de 5,4% de queda em 12 meses.

Os interesses dos patrões e dos trabalhadores são opostos e vemos isso na reforma trabalhista e a terceirização irrestrita que ataca diretamente os direitos. Sob argumento de "modernização das relações de trabalho", a realidade por trás destes ataques não é aumentar os postos de trabalho, mas sim, manter o lucro dos capitalistas em meio a crise, derramando-a nas nossas costas, precarizando cada vez mais a vida material do conjunto da classe trabalhadora.

A juventude em especial sofre ocupando os cargos mais precários e com maior rotatividade do mercado, alem do congelamento dos investimentos em áreas como a educação, destruindo suas perspectivas de futuro. Tudo isso para garantir o pagamento em dia da fraudulenta dívida pública, mecanismo que ‘drena’ as riquezas produzidas pelos trabalhadores brasileiros, enriquecendo bancos e acionistas do mercado financeiro internacional.

O golpe e seu aprofundamento não terá fim depois das eleições, o próximo governo continuara servindo aos interesses dos empresários, enchendo os cofres de uma minoria em detrimento dos direitos mais básicos da maioria.

Isso nos mostra a importância da organização de classe, em cada local de trabalho e estudo, para lutar pela revogação destes ataques e contra os próximos que estão por vir como a reforma da previdência, para que os capitalistas paguem pela crise.




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