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DESEMPREGO | Desemprego atinge 13,8 milhões de pessoas e é maior do que antes do golpe

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,3% no trimestre encerrado em maio de 2017, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

sexta-feira 30 de junho de 2017 | Edição do dia

No mesmo período de 2016, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre imediatamente anterior, encerrado em fevereiro de 2017, o resultado ficou em 13,2%. No trimestre encerrado em abril de 2017, o resultado ficou em 13,6%

A desaceleração da taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio veio com redução das vagas de trabalho com carteira assinada, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O total de trabalhadores com carteira assinada somou 33,258 milhões de pessoas, queda 3,4% na comparação com o trimestre entre março e maio de 2016. São 1,185 milhão de vagas a menos. Já as vagas sem carteira assinada cresceram em 4,1% na mesma comparação, com 409 mil pessoas a mais, atingindo um contingente de 10,471 milhões de pessoas. "Perdemos 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira em dois anos", destacou Azeredo.

Segundo o pesquisador, como a crise aumentou a informalidade, com mais postos sem carteira assinada, houve uma mudança na estrutura do mercado de trabalho desde 2012.

A indústria, que perdeu 91 mil vagas no trimestre até maio ante igual período de 2016, perdeu participação na população ocupada. No trimestre encerrado em maio de 2012, representava 14,7%; hoje, tem 13,0%. Já a participação do comércio saltou de 18,6% para 19,3%, no mesmo período. "O comércio é um grupamento muito aderente à informalidade", disse Azeredo.

Ao mesmo tempo, Temer e seus aliados seguem tentando todas as manobras para aprovar as reformas de interesse da burguesia. Já sancionou a lei da terceirização, que foi considerada inconstitucional essa semana, e na prática vai implicar em menores salários, menos direitos e estabilidade, e maior rotatividade. Quer aprovar a reforma trabalhista, que destrói a CLT, e a reforma da previdência que, se hoje com a enorme quantia de trabalho informal sem carteira assinada já traz dificuldades para que o trabalhador se aposente com uma pensão digna, se a reforma for aprovada os trabalhadores e a juventude serão obrigados a trabalhar até morrer.

Nesse dia 30, apesar do boicote de centrais sindicais, milhões de trabalhadores paralisaram e foram às ruas contra as reformas de Temer. Acompanhe aqui a cobertura pelo Esquerda Diário

Com informações da Agência Estado.




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