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Descaso: estudantes protestam contra falta de luz na Moradia da Unicamp

Nota de esclarecimento da Unicamp vem após moradores enfrentarem dias sem energia elétrica.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quinta-feira 28 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Arquivo

Nesta última quarta-feira, 27, os moradores da Moradia Estudantil da Unicamp fizeram uma intervenção de faixas e cartazes exigindo melhoria na infraestrutura das casas.

As casas que se encontram com diversos problemas estruturais devido ao descaso da reitoria de Knobel, e as outras que a sucederam, mostra a política de precarização da permanência em meio a momento de crise econômica e pandêmica no país.

Os constantes alagamentos dentro das casas e bloco que está prestes a desabar (Bloco B) já é uma realidade na vida dos residentes, porém, no último período, os moradores também têm se enfrentado com a falta de energia elétrica.

Na semana do dia 10, dois blocos de casas (O e N) já haviam ficado quatro dias sem energia. Mas, nesta semana, já na segunda-feira, a energia voltou a ser cortada. Segundo moradores, a falta de energia é fruto de um primeiro curto que ocorreu na fiação da própria moradia, e como o problema havia sido resolvido por meio de um remendo em um fio de alta tensão feito pela equipe de técnicos da Unicamp, ocorreu um novo curto. É importante ressaltar que em parte destas casas sem energia também residem crianças, bebês e uma gestante.

Em nota sobre a falta de energia, a coordenação da Moradia disse que o problema é em um cabo de alta tensão, que por sua vez alimenta um Quadro de Energia ligado a 11 residências, que deve ser substituído. Mas, não conta que houve um curto na fiação por ela ser antiga, colocando moradores e suas famílias não somente em condições precárias por não haver energia, mas também em risco de vida.

Ainda de acordo com a nota, os reparos começaram na terça-feira, 26, e por isso, foi feito o desligamento do quadro de energia. "Devido à situação emergencial que se configurou foram acionados a Pró Reitoria de Graduação e o Serviço de Apoio ao Estudante, os quais estão dando os apoios institucionais possíveis para amenizar as dificuldades decorrentes dessa situação", disse a instituição.

Em meio a esse escândalo das falta de energia, a reitoria tenta mascarar a situação de precariedade da Moradia tentando melhorar a aparência das residência limpando até mesmo as pareces das edificações. Entretanto, sabemos que assa situação é reflexo de anos de precarização da Moradia e que Knobel, que chega ao fim se sua gestão, corroborou para que essa situação se aprofundasse.

Em abaixo-assinado os moradores reivindicam uma equipe de serviço de manutenção para a reforma das casas que precisam de manutenção e o aumento do quadro de servidores administrativos e funcionários eletricistas, encanadores, de limpeza e jardinagem. Devemos seguir exigindo a manutenção estrutural da Moradia e seu maior quadro de funcionários sem que isso signifique a precarização do trabalho desses trabalhadores, como faz a Unicamp hoje com a terceirização em diversas áreas da universidade.

Os Centros Acadêmicos dirigidos pelo PSOL e PCB devem se unificar para exigir do DCE, dirigido pela Juventude do PCdoB (UJS), que saia de sua paralisia e organize o conjunto dos estudantes em defesa da permanência estudantil e contra a precarização da Moradia. Assim, também não podemos confiar que a solução dessa situação venha pelas mão da Reitoria que descarrega os ataques aos setores mais precários da universidade, a solução só virá com a luta dos estudante aliados aos trabalhadores.

Veja também: Alagamentos e riscos de desabamento: estudantes da Moradia da Unicamp enfrentam precarização




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