Em meio ao colapso sanitário, com recorde atrás de recorde na média móvel de mortes no país, esse número tende a aumentar, indicam especialistas.
segunda-feira 15 de março de 2021 | Edição do dia
Fábio Motta / Agência O Globo
Segundo levantamento da Fiocruz, desde o início da pandemia, mais de 72 mil pessoas morreram em decorrência da COVID-19 sem ter acesso a vagas em leitos de UTI, mesmo após internação. Esse número representa mais de ¼ dos quase 280 mil óbitos contabilizados até agora.
72 mil pessoas internadas morreram de covid sem nem ter direito a um leito de UTI em meio ao colapso sanitário gerado pelo negacionismo do Bolsonaro e pelos golpistas que destroem a saúde pública. Lutemos pela estatização de todo o sistema de saúde sob controle dos trabalhadores!
— Valéria Müller (@valeriamullerr) March 15, 2021
Após vários dias seguidos com quase 2000 mil mortes diárias, a última semana bateu o recorde na média móvel de óbitos. Isso significa que toda a irresponsabilidade e negacionismo de Bolsonaro, junto com as ações hipócritas do conjunto dos governadores, está levando o país ao colapso, com a lotação dos leitos de UTI em 24 capitais.
Leia também: Bolsonaro, Militares e governadores levam Brasil a recorde de 1.832 na média móvel de mortes
Por um lado, o número de hospitalizados que morrem sem direito à vaga na UTI tende a disparar por causa do sistema de saúde que está entrando em colapso. E, por outro lado, é inacreditável ver que esse colapso é aprofundado mais ainda por Bolsonaro e o Congresso, que aprovam uma PEC que congela salários de trabalhadores da saúde até 2036 no meio do pior momento da pandemia no país.
