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Autoritarismo de Melo em Porto Alegre | Depois de repressão ao carnaval, Melo quer impor "toque de recolher" em Porto Alegre

O Prefeito bolsonarista Sebastião Melo (MDB), responsável direto pela ação da Guarda Municipal (GM) que brutalmente reprimiu o carnaval de rua no último sábado (05/03), implementa hoje, por via de um decreto municipal, um "toque de recolher" no Bairro Cidade Baixa, local onde se concentram bares, casas de show e, principalmente, festas de rua.

terça-feira 8 de março de 2022 | Edição do dia

Foto: agência ALRS/divulgação

No decreto que foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (RS) nesta segunda-feira (7), logo após o fim de semana de brutalidade policial, são descritas novas funções para a GM referentes ao alastramento da barbárie e violência contra a população, em especial contra os ambulantes, trabalhadores precarizados que lutam diariamente pelo seu sustento, proibindo sua permanência durante os horários de movimento, e a juventude da cidade que, cada vez mais, possuem seus direitos atacados, em benefício da gentrificação dos espaços públicos e da privatização do lazer. Todo o autoritarismo contra a população vem em conjunto com um projeto de desmonte e venda da cidade para a iniciativa privada, desde os serviços básicos fundamentais para a população (como a privatização da Carris) até as absurdas concessões de áreas públicas, como a área da orla do Guaíba, no qual Melo tentar disfarçar a venda da própria cidade com pequenas “revitalizações”, por meio de parcerias público-privadas, que não servem ao povo, mas apenas ao lucro dos empresários e da especulação imobiliária.

Um toque de recolher é um brutal ataque a própria liberdade, à cultura e ao lazer, onde o reacionário prefeito derrama seu ódio contra o povo trabalhador, seja via bombas e tiros, como no último fim de semana, seja por decretar que o povo tenha que apenas trabalhar até morrer, retirando todos os direitos e até mesmo condições de trabalho e transporte. Uma medida que pode aprofundar inclusive a situação de pobreza e fome na cidade, pois os ambulantes muitas vezes dependem de eventos assim e ficarão mais desamparados do que nunca neste momento de crise profunda. Aos seus aliados, grandes proprietários de diversos estabelecimentos, claro, encontram-se brechas no decreto, que prometem exceção mediante à um plano de funcionamento que, obviamente, será avaliado pelo governo municipal. A preocupação de Melo nunca foi o lazer, mas quem lucra e quem poderá acessá-lo.

Os ataques de Melo são uma expressão local da política de Bolsonaro e de todo regime político: avançam na repressão à juventude enquanto precarizam nossos estudos e trabalho. BASTA!

Nos organizemos desde os locais de estudo e trabalho para impedir mais esse ataque à juventude! As entidades estudantis e sindicais precisam convocar assembleias de base para que possamos organizar a luta contra Melo e os empresários!




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