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FEBRE AMARELA | Depois de filas gigantescas, governo de São Paulo só dará vacina a quem receber senha em casa

Em São Paulo depois de duas semanas de filas e muita confusão nas Unidades básicas de saúde, a secretaria municipal de saúde comunicou que dará a dose fracionada da vacina de febre amarela para os moradores que receberem a senha em sua residência com local e horário da imunização. Como está acontecendo no Rio de Janeiro, a campanha em São Paulo vai começar na quinta-feira, 25.

quarta-feira 24 de janeiro de 2018 | Edição do dia

(Gabriel Paiva / Agência O Globo)

Os agentes de saúde da prefeitura irão percorrer, a partir da terça-feira, as residências de 16 distritos das zonas leste e sul para a entrega da senha. Os moradores terão até três opções de data e horário para se dirigir a unidade de saúde. As senhas não serão distribuídas nas unidades de saúde, o morador que não tiver senha, não poderá ser vacinado na unidade de saúde do município.

O governo do Estado pretende imunizar 8,3 milhões de pessoas em 54 municípios ate 17 de fevereiro. A campanha de vacinação na capital paulista vai se estender até dia 24 de fevereiro, a prefeitura pretende incluir novos distritos na campanha em março.

No anúncio para a imprensa da campanha de vacinação, nesta segunda-feira, o secretário Wilson Pollara, frisou que a cidade de São Paulo não representa risco para a população. Este anúncio é para trazer tranquilidade. São Paulo não é uma área de risco para a população — afirmou Pollara.

Nos últimos dias a mídia mostrou números alarmantes de mortes causada pela febre amarela no estado de São Paulo em dados divulgados pela secretária de Saúde de São Paulo Só nesses dois estados já dobrariam os óbitos divulgados pelo governo.

Baixo lucro faz com que indústrias não produzam vacina contra febre amarela

O abastecimento de vacinas contra a febre amarela é escasso e os estoque já estão no limite. As indústrias que fabricam a vacina não veem uma boa via para obtenção de lucro, uma vez que a produção exige equipamentos modernos e um complexo processo de produção e o lucro obtido é baixo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem registrado apenas 4 produtores da vacina, que é vendida por um preço unitário de R$3,50. Desde do início do grande surto de febre amarela, a vacina chegou a custar R$300 reais no Recife, sendo um aumento de quase dez mil porcento.

Essa é a cruel faceta do capitalismo e da medicina capitalista, que transforma um direito básico em mercadoria: os capitalistas da saúde escolhem o que produzir baseado nos lucros que podem retirar e vendem vacinas de acordo com a procura. Enquanto a população está vulnerável à febre amarela, os tubarões da saúde avançam e lucram com a miséria, falta de assistência e saúde de qualidade que aflige principalmente a classe trabalhadora e populações pobres.




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