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PT E A CONCILIAÇÃO | Depois de acordo com católicos, Haddad prepara acordo com evangélicos contra o aborto

A agenda da campanha de Haddad aponta para a entrega de uma carta aos evangélicos onde se compromete em não tratar sobre o tema que os evangélicos em sua maioria são contra.

terça-feira 16 de outubro de 2018 | Edição do dia

A carta que deve ser entregue neste quinta (17), quando Haddad encontrará lideranças evangélicas em São Paulo, busca fechar o compromisso do petista de não tratar de temas que a bancada evangélica é contrária, como a legalização do aborto. Como noticiamos aqui, o candidato petista já fechou acordo com a Igreja Católica, via CNBB, se comprometendo em não tocar em 5 pontos cruciais para a Igreja, dentre eles o aborto.

Trata-se de uma tentativa desesperada de Haddad de roubar parte do eleitorado evangélico, que após uma série de manifestações de apoios decisivos, como Edir Macedo e Silas Malafaia, agrupou-se todo em prol da candidatura de Bolsonaro.

Mesmo envolvendo milhares de mortes por ano, Haddad segue os passos de Dilma e continua usando como moeda de troca a vida das mulheres. As pesquisas apontam que 70% dos evangélicos estão com Bolsonaro, público que antes tinha muito peso de votos no PT. O acordo de Haddad é a busca desenfreada por resgatar estes votos.

Outros temas entram em embate com os interesses dos evangélicos e católicos, como a educação sexual nas escolas. De um lado os 13 anos do PT escancaram o descaso, do outro os reacionários querem o "escola sem partido" para privar ainda mais os alunos de uma educação crítica e que tenha uma educação sexual que permita escolher.

Frente a essas eleições manipuladas durante todo o processo, seguimos acompanhando aqueles que querem derrotar a extrema direita e Bolsonaro nas urnas e lançamos o voto crítico em Haddad. Mas nos mantemos independentes frente ao PT, não é com a estratégia de conciliação de classes com a direita e a igreja que vamos derrotar essa extrema direita.

As pautas históricas das mulheres, dos LGBTs, negros e de todos os setores oprimidos não podem ser tratados como moeda de de troca. Precisamos de uma força material que leve até as últimas consequências essa luta, nas ruas, em greves e que possa derrotar de fato essa extrema direita e o golpismo e fazer com que os capitalistas que paguem pela crise.




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