×

CERVERÓ E IMPEACHMENT | Cerveró cita desvio para campanha de Dilma e PSDB estuda incluir denuncia em impeachment

quinta-feira 14 de janeiro de 2016 | 00:23

Cerveró declarou à Procuradoria-Geral da República ter ouvido do senador Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, em setembro de 2013, Collor afirmou que suas negociações para indicar cargos de chefia na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, haviam sido autorizadas diretamente por Dilma.

Logo após a revelação desse trecho, os advogados do PSDB começaram a avaliar o teor do depoimento e a conveniência de incluí-lo nas ações que investigam um suposto esquema de abastecimento da campanha da presidente com recursos desviados da Petrobrás.

Segundo o advogado do PSDB, Flávio Costa, como nem toda a delação de Cerveró foi tornada pública até o momento, o partido avalia se vale a pena esperar a divulgação para fazer o pedido ao tribunal. Ele disse que esperar a íntegra pode levar a um atraso do processo. Ao incluir a prova, reabre-se prazo para manifestação da defesa da chapa de Dilma e Temer. "A tendência é pedir a inclusão da delação", afirmou ele. Também está no radar pedir o depoimento do próprio Cerveró para instruir as causas.

Cassação da chapa de Dilma

Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável ao rito do processo de impeachment proposto pelo governo, em dezembro, o PSDB voltou a centrar esforços na cassação da chapa pelo TSE. Se for cassada ainda este ano, haveria a convocação de uma nova eleição presidencial direta e o presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, derrotado pela petista em outubro de 2014, tem aparecido como favorito em um eventual novo debate. Se a decisão acontecer nos dois últimos anos de mandato, é convocada uma eleição indireta.

Na delação do Ricardo Pessoa, o empresário disse ter sido orientado pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a doar R$ 20 milhões para campanhas do PT entre 2004 e 2014. O empreiteiro também contou que o tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição, o hoje ministro Edinho Silva (Comunicação Social), pediu R$ 10 milhões em doações e lembrou a Pessoa a existência dos contratos da UTC com a Petrobras. Os petistas negam irregularidades na operação.

Os tucanos avaliam se, diante da crise, compensa adiar a conclusão das apurações, o que atrasaria o julgamento do mérito delas. Um dos processos mais adiantados pode, sem novas informações, ir a julgamento pelo TSE em maio deste ano.

Informações Esquerda Diário e Agência Estado




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias